O Chile define neste domingo (14) seu próximo presidente em um segundo turno polarizado entre Jeannette Jara, do Partido Comunista, apoiada pelo governo, e José Antonio Kast, representante da direita radical pelo Partido Republicano.

Esta é a primeira eleição presidencial com voto obrigatório no país, mobilizando cerca de 15,7 milhões de eleitores aptos a votar.

No primeiro turno, Jara saiu na frente com 26,9% dos votos, enquanto Kast obteve 23,9%. No entanto, pesquisas recentes apontam Kast como favorito, após receber apoio de eleitores de candidatos eliminados na primeira etapa.

O atual presidente, Gabriel Boric, de centro-esquerda, votou pela manhã em Punta Arenas e destacou a importância de o vencedor governar para todos os chilenos. “Quem vencer o segundo turno terá todo o respeito do Estado para conduzir a transição”, afirmou Boric.

Após votar em Paine, próximo à capital Santiago, Kast declarou que as preocupações da população vão além das disputas partidárias. “O Chile tem uma tradição, e tenho plena convicção de que quem vencer terá que ser presidente de todos os chilenos. Quem assumir o cargo terá uma enorme responsabilidade. As questões que nos preocupam e nos ocupam não são partidárias. Podemos ter divergências, mas a cidadania não deve ser definida por essas divergências”, afirmou Kast.

Jeannette Jara votou no distrito de Conchalí, ao norte de Santiago, e pediu respeito ao resultado das urnas. “Espero que tenhamos um futuro melhor para o Chile, um país que viva sem que o ódio ou o medo sejam as principais coisas, e que hoje, quem quer que vença, possamos respeitar os resultados de forma adequada e apropriada, e certamente contribuir para o que está por vir, porque o Chile precisa de todos nós”, disse a candidata.

Por Sputnik Brasil