O ouro fechou estável nesta sexta-feira, 5, após a divulgação do índice de preços de gastos com consumo (PCE), que subiu ligeiramente acima do esperado e reforçou as expectativas de um corte de juros pelo Federal Reserve (Fed) na próxima semana. O impasse nas negociações de paz entre Rússia e Ucrânia segue no radar dos investidores.

Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro encerrou estável, cotado a US$ 4.243,0 por onça-troy. Já a prata para março disparou 2,71%, fechando a US$ 59,053 por onça-troy. Na semana, o ouro recuou 0,27%, enquanto a prata acumulou alta de 3,30%.

Os metais preciosos refletiram os dados de inflação do PCE — medida preferida do Fed — e o sentimento do consumidor dos EUA, que mantiveram inalteradas as expectativas de flexibilização monetária pelo banco central americano.

Segundo o Commerzbank, o foco dos mercados de metais preciosos está na reunião do Fed na próxima semana, com o corte de juros de 25 pontos-base (pb) considerado praticamente certo. O banco alemão destaca que a perspectiva para a taxa de juros é especialmente relevante para o ouro, pois, se o Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc) sinalizar mais cortes em relação a setembro, isso pode impulsionar ainda mais o preço do metal.

Em relatório, a equipe de Pesquisa de Economia e Mercados Globais do banco UOB projeta que o ouro deve manter forte tendência de alta até 2026. "A justificativa para o ouro como porto seguro para diversificação de portfólio permanece sólida", destaca o relatório, ressaltando o forte acúmulo de estoques da commodity nas principais bolsas globais.

Com informações da Dow Jones Newswires.