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Corte de árvores em SP: Justiça impõe multa diária de R$ 10 mil à construtora
Decisão judicial mantém suspensão do corte de árvores para construção de condomínio na Vila Sônia e prevê sanção financeira em caso de descumprimento
O Tribunal de Justiça de São Paulo determinou, nesta segunda-feira (1º), multa diária de R$ 10 mil à construtora Tenda caso descumpra a decisão que suspendeu o corte de árvores na Avenida Guilherme Dumont Villares, na Vila Sônia, zona oeste da capital. A medida reforça a liminar concedida na última sexta-feira (28), que interrompeu a retirada das árvores para a construção de um condomínio residencial no local.
Segundo apuração do Estadão, a Prefeitura havia autorizado a supressão de 384 árvores, incluindo 128 nativas, para a obra. A remoção começou em 26 de novembro, e parte das árvores já havia sido cortada até a suspensão judicial. A juíza Celina Kiyomi Toyoshima atendeu a novo pedido de parlamentares do Psol e fixou a multa para garantir o cumprimento da liminar.
A construtora Tenda afirma que o empreendimento foi devidamente aprovado pelo Município. Já a Prefeitura de São Paulo declarou que "cumpriu integralmente a obrigação legal do município, em conformidade com a legislação ambiental vigente" e que estabeleceu "rigorosas medidas compensatórias" para o empreendimento, após análises técnicas criteriosas.
Moradores da região registraram, por meio de vídeos nesta segunda-feira (1º), a presença de caminhões e escavadeiras no terreno, retirando troncos e raízes das árvores já suprimidas.
A ação judicial foi protocolada pela deputada federal Luciene Cavalcante, pelo deputado estadual Carlos Giannazi e pelo vereador Celso Gianazzi, todos do Psol. Apesar da decisão, a juíza rejeitou o pedido para suspender completamente as obras. Assim, a Tenda pode seguir com a construção do prédio, desde que não haja novo corte das árvores remanescentes.
Acordo de compensação ambiental
O termo de compensação ambiental firmado entre a Tenda e a Prefeitura prevê o plantio de 221 mudas de espécies nativas na área do empreendimento ou em seu entorno, além do repasse de cerca de R$ 2,5 milhões ao Fundo Especial do Meio Ambiente. Os recursos serão destinados principalmente a benfeitorias em parques municipais.
O corte autorizado incluiu:
- 128 árvores nativas
- 226 exóticas
- 5 espécies invasoras
- 25 árvores consideradas mortas
A autorização para a supressão das árvores foi concedida em maio e tem validade até outubro de 2026. O terreno foi adquirido pela construtora para a construção de um condomínio com quatro torres, cada uma com nove andares, totalizando 708 apartamentos de aproximadamente 30 m² cada.
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