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Bolsas europeias fecham em queda, pressionadas por Airbus e setor de defesa

Desempenho negativo foi puxado pelo recuo das ações da Airbus, após recall, e por perdas em empresas de defesa. Acordo entre EUA e Reino Unido teve pouco impacto sobre farmacêuticas.

01/12/2025
Bolsas europeias fecham em queda, pressionadas por Airbus e setor de defesa
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As principais bolsas da Europa encerraram a sessão desta segunda-feira, 1º de dezembro, majoritariamente em queda. O movimento foi influenciado pelo forte recuo das ações da Airbus, após recall de aeronaves, e pelas perdas de empresas ligadas à indústria de defesa, em meio à expectativa de avanços nas negociações por um cessar-fogo entre Rússia e Ucrânia. Em Londres, um acordo preliminar entre Estados Unidos e Reino Unido sobre preços de medicamentos trouxe pouco alívio para o setor farmacêutico.

O FTSE 100, de Londres, caiu 0,18%, aos 9.702,53 pontos. Em Frankfurt, o DAX recuou 1%, a 23.597,44 pontos, liderando as perdas entre os principais mercados europeus. O CAC 40, de Paris, teve baixa de 0,32%, fechando em 8.097 pontos. Em Milão, o FTSE MIB cedeu 0,22%, a 43.259,48 pontos. Madri foi exceção, com o Ibex 35 avançando 0,11%, a 16.389,00 pontos. Já em Lisboa, o PSI 20 recuou 0,04%, a 8.107,17 pontos. Os dados são preliminares.

Frankfurt registrou o pior desempenho do dia, com quedas acentuadas durante toda a sessão, enquanto outros índices oscilaram em baixa mais moderada. Entre os destaques negativos, a Rheinmetall recuou 2,2%, refletindo a pressão sobre o setor de defesa europeu após indicações de progresso nas conversas por paz na Ucrânia.

No fim de semana, o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, reuniu-se com autoridades europeias e apresentou uma nova proposta para o conflito, mas ressaltou que ainda há pontos pendentes. Na terça-feira, o presidente russo, Vladimir Putin, deve se encontrar com o enviado especial dos EUA, Steve Witkoff.

O subíndice de aeroespaço e defesa do Stoxx 600 teve queda de 2,88%, pressionado principalmente pelo tombo de 5,8% nas ações da Airbus. A fabricante francesa informou ter concluído reparos na linha A320, mas uma reportagem da Reuters revelou que problemas de produção já atrasam algumas entregas.

No campo comercial, investidores acompanharam o anúncio de um acordo preliminar entre EUA e Reino Unido, que prevê isenção de tarifas sobre produtos farmacêuticos britânicos na Seção 232, desde que Londres se comprometa a reduzir preços de medicamentos. O impacto foi limitado para o setor: a Astrazeneca fechou em baixa de 1,1%.

Na contramão do cenário geral, o subíndice europeu de recursos básicos avançou 0,8%, acompanhando a valorização do ouro, prata e de alguns metais básicos, como o cobre, entre as commodities.