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Polícia prende 13 suspeitos após incêndio que matou mais de 150 em complexo residencial

Autoridades investigam descumprimento de normas de segurança e reforçam que número de vítimas pode aumentar; dezenas seguem desaparecidas.

01/12/2025
Polícia prende 13 suspeitos após incêndio que matou mais de 150 em complexo residencial
Incêndio em condomínio em Hong Kong deixou ao menos 151 mortos - Foto: © ANSA/AFP

Pelo menos 13 pessoas foram presas até o momento pela polícia de Hong Kong durante a investigação do incêndio que devastou um complexo residencial e deixou mais de 150 mortos.

O chefe de polícia Chan Tung informou à imprensa que foi aberta imediatamente uma investigação por homicídio culposo, resultando na detenção de 12 homens e uma mulher, com idades entre 40 e 77 anos.

Descumprimento de normas de segurança

De acordo com as autoridades, parte das redes de proteção utilizadas nas obras de reforma do complexo não seguia as normas de segurança contra incêndios.

O alto funcionário do governo de Hong Kong, Eric Chan, explicou que a polícia coletou amostras de 20 pontos diferentes no complexo Wang Fuk nos últimos dois dias. Segundo ele, amostras de sete pontos – em quatro das sete torres atingidas – não cumpriam os padrões de proteção contra incêndios. “Eles só queriam ganhar dinheiro à custa da vida das pessoas”, afirmou Chan.

O incêndio teve início na quarta-feira, 26, e atingiu sete dos oito prédios do complexo. As chamas só foram controladas na sexta-feira, 28. O número de mortos subiu para 151, cinco a mais em relação ao balanço anterior.

A comandante da polícia, Tsang Shuk-yin, destacou que dezenas de pessoas continuam desaparecidas, mas algumas podem estar entre os 39 corpos ainda não identificados. “Teremos que esperar até concluirmos a análise dos sete blocos para então elaborar um relatório final”, disse.

Segundo Tsang, a equipe da Unidade de Identificação de Vítimas de Desastres já inspecionou completamente cinco dos edifícios atingidos, mas só conseguiu avançar parcialmente nos outros dois. As equipes também avaliam a segurança dos demais prédios, incluindo o que sofreu os maiores danos e onde o incêndio começou. (Com agências internacionais)