O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que cálculos da Receita Federal indicam que o "dinheiro extra" proveniente da ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda deve injetar R$ 28 bilhões na economia.

Em pronunciamento em rádio e TV neste domingo, Lula destacou que o alívio proporcionado pela isenção significará mais dinheiro no bolso da população, aumentando o poder de compra e estimulando o consumo, "que faz a roda da economia girar".

"Um estímulo extraordinário para o comércio, a indústria, o setor de serviços e o empreendedorismo, que vai gerar mais empregos, mais oportunidades e mais renda. O país inteiro vai ser beneficiado", afirmou o presidente.

A lei que amplia a isenção do Imposto de Renda foi sancionada por Lula na última quarta-feira (26), cumprindo uma promessa de campanha. As novas regras passam a valer a partir de janeiro de 2026.

No início de seu discurso, o presidente ressaltou que a lei é fruto de uma proposta do governo aprovada por unanimidade na Câmara e no Senado. Lula enfatizou que a compensação pela ampliação da faixa de isenção virá da taxação de quem recebe mais de um milhão de reais por ano, e não de cortes em áreas como saúde ou educação. "O Brasil mudou nesta última semana. Pela primeira vez, mais de cem anos após o início do Imposto de Renda, privilégios de uma pequena elite financeira deram lugar a conquistas para a maioria do povo brasileiro", declarou.

A um ano das eleições, Lula destacou conquistas de seu mandato, como o retorno do Brasil ao grupo das dez maiores economias do mundo e o aumento real do salário mínimo.

"Graças a essas e outras políticas, a desigualdade no Brasil é hoje a menor da história. Mesmo assim, o Brasil continua a ser um dos países mais desiguais do mundo", afirmou. Para Lula, a mudança no Imposto de Renda representa um passo decisivo para transformar essa realidade, mas é apenas o começo.