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‘Trabalho está longe de terminar’, afirma Rubio sobre negociações entre EUA e Ucrânia
Secretário de Estado dos EUA reconhece avanços, mas destaca desafios e reforça que Rússia precisa integrar processo para solução efetiva do conflito
O secretário de Estado dos Estados Unidos, Marco Rubio, afirmou neste domingo (30) que as negociações para uma solução do conflito na Ucrânia ainda encontram obstáculos significativos, classificando o processo como "delicado e complexo". Apesar de avanços recentes, Rubio ressaltou que há um longo caminho até um acordo definitivo.
"Lançamos as bases em Genebra, avançamos novamente nesta semana e demos mais um passo hoje, mas o trabalho está longe de terminar", declarou Rubio após reunião com a delegação ucraniana realizada na Flórida.
Segundo o chefe da diplomacia norte-americana, o objetivo das conversas vai além de encerrar os combates: Washington busca garantir condições de segurança duradouras e bases sólidas para o desenvolvimento econômico da Ucrânia no pós-conflito. "Não queremos apenas o fim da guerra, queremos que a Ucrânia esteja segura para sempre", afirmou.
Rubio destacou ainda que a participação da Rússia é essencial para uma solução efetiva. Nesse sentido, o enviado especial do presidente dos EUA, Steve Witkoff, deve viajar a Moscou nos próximos dias para dar continuidade às tratativas diplomáticas.
"A outra parte está envolvida e deve fazer parte da equação. Essas negociações continuarão na próxima semana. Witkoff segue para Moscou", declarou.
De acordo com Rubio, os contatos se estenderão ao longo da semana e envolverão discussões sobre cessar-fogo, garantias de segurança de longo prazo para Kiev e condições para a reconstrução do país.
O governo norte-americano já havia informado que iniciou a elaboração de um plano para uma solução negociada do conflito ucraniano, mas não divulgou detalhes, alegando que os trabalhos ainda estão em andamento.
Em 21 de novembro, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que a proposta de Trump poderia servir como base para uma solução política, mas indicou que os Estados Unidos evitaram discutir o tema com Moscou antes de obter o consentimento de Kiev.
Putin reiterou a disposição da Rússia para negociar, mas ressaltou que a situação favorável no front também permitiria ao país buscar seus objetivos por meios militares.
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