Geral
Investidores miram IA e possível corte de juros do Fed para estabilizar bolsas dos EUA
Volatilidade de gigantes como Nvidia e Alphabet reflete incertezas sobre retorno dos investimentos em inteligência artificial, enquanto expectativa de corte de juros pelo Fed impulsiona otimismo moderado nos mercados.
Os investidores seguem atentos à lucratividade das empresas de inteligência artificial (IA) e aos sinais da economia dos Estados Unidos, fatores considerados essenciais para a estabilização do mercado acionário. A recente recuperação das bolsas, após a maior queda desde abril, foi impulsionada pela expectativa de corte de juros pela Reserva Federal (Fed) em dezembro.
A volatilidade de ações de peso, como Nvidia e Alphabet, mantém o mercado sensível às incertezas. Embora o setor de IA tenha sustentado os ganhos do mercado em 2025, analistas agora questionam avaliações supervalorizadas e a velocidade com que os investimentos em infraestrutura de IA devem gerar retorno financeiro.
Segundo a agência Reuters, o índice S&P 500 acumula alta de 16% no ano e, historicamente, costuma apresentar bom desempenho em dezembro. Apesar disso, sinais de menor apetite ao risco preocupam investidores, como a recente queda do bitcoin para menos de US$ 90.000 (R$ 480.267), após ter ultrapassado US$ 125.000 (R$ 667.037) em outubro. Esse movimento é visto como um indicativo de fragilidade no mercado.
As ações de tecnologia continuam pressionando os índices, enquanto Wall Street observa os efeitos da emissão de dívidas por grandes empresas para financiar projetos de IA. Analistas ressaltam que investidores começam a repensar o ritmo em que esses aportes se transformarão em resultados concretos.
A Alphabet ganhou destaque com avaliações positivas para seu modelo Gemini 3 e pelas negociações da Meta (empresa banida na Rússia por atividade extremista) para adquirir chips do Google, o que impactou diretamente a Nvidia. O valor de mercado da Alphabet atingiu US$ 4 trilhões (cerca de R$ 21,3 trilhões), reforçando o papel central da empresa na corrida pela inteligência artificial.
Na próxima semana, indicadores de manufatura, serviços e sentimento do consumidor, além dos balanços das principais empresas do setor, devem trazer novas pistas sobre a saúde da economia e os gastos de fim de ano. A paralisação de 43 dias do governo norte-americano atrasou a divulgação de dados importantes, e só em janeiro deve ser possível ter uma visão mais clara do cenário econômico.
Mais lidas
-
1TECNOLOGIA MILITAR
Revista americana destaca caças russos de 4ª geração com empuxo vetorado
-
2CRISE INTERNACIONAL
UE congela ativos russos e ameaça estabilidade financeira global, alerta analista
-
3TENSÃO INTERNACIONAL
Confisco de ativos russos pode acelerar declínio da União Europeia, alerta jornalista britânico
-
4DIREITOS TRABALHISTAS
Segunda parcela do décimo terceiro será antecipada: veja quando cai o pagamento
-
5CIÊNCIA E TERRA
Núcleo interno da Terra pode ter estrutura em camadas semelhante à de uma cebola, aponta estudo