O município de Arapiraca reafirma seu compromisso no combate à violência de gênero. Neste domingo (30), a Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Políticas Públicas para a Mulher, convoca toda a população para participar da 8ª Caminhada Nacional pelo Fim da Violência contra Mulheres.

Com início às 15h e concentração no Bosque das Arapiracas, o evento é promovido pelo Grupo Mulheres do Brasil e acontece pela quarta vez em Arapiraca, sob coordenação do núcleo local. A caminhada integra a programação dos 21 Dias de Ativismo pelo Fim da Violência contra a Mulher, campanha lançada pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ) em 20 de novembro.

“Os 21 Dias de Ativismo são um convite para que todos nós saiamos da posição de espectadores e nos tornemos agentes ativos na construção de um mundo mais justo e seguro para as mulheres. A violência só termina quando o silêncio acaba”, destaca a secretária de Políticas Públicas para a Mulher, Paula Tainá.

A iniciativa busca sensibilizar a sociedade e fortalecer as ações de enfrentamento à violência de gênero, seja ela física, psicológica, moral, sexual ou patrimonial. Todas as formas de violência deixam marcas profundas e exigem atenção especializada. Além de campanhas como a caminhada, Arapiraca mantém uma rede de apoio estruturada para acolher mulheres em situação de vulnerabilidade.

“Precisamos ocupar as ruas para que nossa voz seja ouvida, para fortalecer a luta e dar visibilidade à busca por justiça, especialmente para as mulheres vulneráveis, aquelas que não têm voz e ainda não encontraram apoio”, ressalta Aparecida Brandão, uma das idealizadoras do projeto em Arapiraca. “Estamos convidando todas as famílias, homens, mulheres, meninos e meninas, para compreenderem a importância desse evento.”

Dados do Relatório Anual Socioeconômico da Mulher (RASEAM 2025) mostram que, em 2023, o Brasil registrou 1.467 feminicídios — uma mulher morta a cada seis horas por motivação de gênero. Entre janeiro e julho de 2025, o Ligue 180 contabilizou 594.118 atendimentos e 86.025 denúncias de violência contra mulheres. Em 2024, o país registrou uma média de quatro feminicídios por dia, a maioria cometidos por parceiros ou ex-companheiros, geralmente dentro do próprio lar.