As bolsas europeias encerraram a sessão desta quinta-feira, 27, majoritariamente em alta, impulsionadas pela melhora no sentimento econômico da zona do euro e pela análise da ata da última reunião do Banco Central Europeu (BCE). O cenário geopolítico, com possíveis sinais de distensão entre Rússia e Ucrânia, também esteve no radar dos investidores.

Em Londres, o FTSE 100 registrou leve alta de 0,02%, alcançando 9.693,93 pontos. O DAX, em Frankfurt, avançou 0,22%, aos 23.777,79 pontos. O CAC 40, em Paris, subiu 0,04%, fechando em 8.099,47 pontos. Em Milão, o FTSE MIB teve alta de 0,21%, aos 43.219,87 pontos. Em Madri, o Ibex 35 ganhou 0,07%, chegando a 16.373,00 pontos. Lisboa foi exceção, com o PSI 20 recuando 0,05%, para 8.122,45 pontos. Os números são preliminares.

Com liquidez reduzida pelo feriado de Ação de Graças nos Estados Unidos, a Alemanha destacou-se pela melhora na confiança do consumidor em dezembro. Já a União Europeia surpreendeu positivamente com o avanço do índice de sentimento econômico da Comissão Europeia, superando as expectativas do mercado.

Na ata divulgada, o BCE apontou amplo consenso de que o ciclo de cortes de juros foi encerrado em outubro, mas enfatizou a necessidade de manter flexibilidade nas próximas decisões. A autoridade monetária alertou para riscos persistentes, como tensões comerciais, interrupções nas cadeias de suprimentos, aumento de tarifas, restrições à exportação de matérias-primas estratégicas e instabilidades geopolíticas.

No campo internacional, o presidente russo, Vladimir Putin, afirmou desejar um acordo com a Ucrânia, mas considerou que tal possibilidade não é "legalmente possível" no momento. O pronunciamento continuou influenciando as negociações de empresas de defesa, com destaque para a alemã Rheinmetall, que chegou a subir 1%, e a sueca Saab, que avançou 2%.

Entre os destaques corporativos, a Puma saltou 18,22% após informações de que a chinesa Anta Sports avalia uma oferta pela marca esportiva alemã. Já a britânica Imperial Brands recuou 1,3%, diante da perspectiva de continuidade no aumento dos impostos sobre o tabaco, conforme sinalizado pela ministra das Finanças do Reino Unido, Rachel Reeves. As cotações são preliminares.