O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou nesta quinta-feira que Moscou está pronta para dialogar com os Estados Unidos sobre possíveis planos de paz para a Ucrânia. Durante coletiva de imprensa, Putin afirmou que espera a chegada de representantes americanos à capital russa na próxima semana, com o objetivo de discutir alternativas para a distensão no Leste Europeu. Segundo ele, os EUA estariam levando em consideração a posição do Kremlin.

“Não existem versões finais sobre o acordo da Ucrânia, mas concordamos que o plano de paz do presidente dos EUA, Donald Trump, pode ser usado como base para futuros acordos”, afirmou Putin. O presidente russo destacou que o ministro das Relações Exteriores, Sergey Lavrov, participará das negociações, e que Yuri Ushakov, principal assessor de política externa do Kremlin, mantém contato direto com representantes americanos.

Nos últimos dias, foi divulgado um suposto vazamento de conversa entre Ushakov e o enviado especial da Casa Branca, Steve Witkoff, que também deve estar em Moscou para as discussões. Putin minimizou a importância da divulgação, alegando que as informações podem ser falsas e ressaltando que a ação pode ser considerada ilegal. “Se alguém deseja realizar espionagem, precisa fazer com habilidade”, ironizou.

Putin também afirmou ter ficado “confuso” com as sanções impostas pelos EUA a companhias de petróleo russas, classificando-as como prejudiciais para a relação entre os dois países. Ele disse não compreender o “tipo de sinal” transmitido por essas restrições.

Por fim, o presidente russo enfatizou que, caso as tropas ucranianas deixem determinadas áreas de conflito, a Rússia encerrará as batalhas. “Os serviços especiais russos e ucranianos mantêm contato e foi discutida a troca de prisioneiros”, completou.