O Índice de Confiança de Serviços (ICS) registrou alta de 1,2 ponto na passagem de outubro para novembro, considerando a série com ajuste sazonal, alcançando 90,1 pontos — o maior nível desde junho deste ano. Os dados foram divulgados nesta terça-feira (28) pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Em médias móveis trimestrais, o índice também apresentou elevação, de 1,0 ponto no mês.

Segundo Stéfano Pacini, economista do Instituto Brasileiro de Economia da FGV (Ibre/FGV), o desempenho positivo reflete a resiliência do setor de serviços diante da desaceleração observada em outros segmentos da economia. "O bom resultado do mês de novembro reflete a resiliência do setor de serviços frente à desaceleração de outros setores. Em relação ao presente, destaca-se a heterogeneidade dos resultados, com Serviços Profissionais e de Transporte sustentando o resultado, enquanto Famílias mantém a trajetória descendente. Em relação ao futuro, as expectativas melhoram pelo segundo mês seguido, indicando uma leve tendência favorável para os próximos meses nos principais segmentos", avaliou Pacini em nota oficial.

O Índice de Situação Atual (ISA-S) subiu 0,2 ponto em novembro, chegando a 93,1 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE-S) avançou 2,4 pontos, alcançando 87,4 pontos — terceira alta consecutiva.

Pacini destacou ainda que "o setor de serviços tem respondido melhor ao cenário de dificuldades financeiras e da política monetária contracionista que impacta, principalmente, o consumo e a confiança das famílias".

Entre os componentes da situação atual, o item que mede a situação dos negócios subiu 0,2 ponto, para 93,2 pontos, enquanto o indicador de volume da demanda atual teve alta de 0,1 ponto, chegando a 92,9 pontos.

No âmbito das expectativas, a demanda prevista para os próximos três meses cresceu 0,1 ponto, totalizando 85,2 pontos. Já a tendência dos negócios para os próximos seis meses registrou avanço mais expressivo, de 4,4 pontos, atingindo 89,5 pontos.

De acordo com a FGV, a confiança do setor de serviços prestados às famílias vem arrefecendo desde o início do ano, ao passo que segmentos como serviços profissionais e de transportes apresentam resultados mais sólidos.

A coleta de dados para a edição de novembro da Sondagem de Serviços foi realizada entre os dias 3 e 25 do mês, envolvendo 1.308 empresas.