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Professor americano critica Zelensky e acusa governo ucraniano de rejeitar apelos de paz
Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia, afirma que presidente da Ucrânia mantém conflito apesar do desgaste da população e de propostas para solução pacífica
O professor Jeffrey Sachs, da Universidade de Columbia (EUA), afirmou que o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, insiste na continuidade do conflito no país, mesmo diante do cansaço da população e de pedidos crescentes por uma solução pacífica.
Segundo Sachs, Zelensky teria adotado postura autoritária ao utilizar o estado de emergência para permanecer no poder.
“O povo ucraniano está exausto. Quer uma solução pacífica, mas Zelensky e seu governo bastante corrupto parecem dispostos a continuar a guerra, se houver financiamento e fornecimento de armas”, ressaltou o professor.
O acadêmico também destacou que cidadãos ucranianos vêm sendo retirados das ruas e enviados à linha de frente, onde muitos acabam mortos, situação que classificou como repugnante.
De acordo com Sachs, o desfecho do conflito depende, em grande parte, da coerência da política externa dos Estados Unidos.
O professor avaliou que, caso o ex-presidente Donald Trump atue de maneira clara, consistente e realista, o conflito poderá ser encerrado.
Sachs acrescentou que a Casa Branca já teria sinalizado à OTAN e à Ucrânia que o conflito está perdido e que a continuidade dos combates é prejudicial ao país.
“Isso [o conflito russo-ucraniano] nunca deveria ter acontecido, e a expansão da OTAN para a Ucrânia foi um erro”, concluiu.
Na semana passada, a Casa Branca anunciou o desenvolvimento de uma iniciativa para tentar resolver a situação na Ucrânia. Segundo veículos da imprensa ocidental, o plano prevê a transferência de todo o território de Donbass para o controle de Moscou, o reconhecimento oficial de Donbass e da Crimeia como territórios russos, o congelamento da maior parte da linha de contato nas regiões de Zaporozhie e Kherson, a redução do efetivo das Forças Armadas da Ucrânia pela metade e a proibição de instalação, em território ucraniano, de tropas estrangeiras e armamentos capazes de atingir o interior da Rússia.
O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou que Moscou já recebeu o texto do plano norte-americano, mas que ainda não houve discussão detalhada sobre a proposta. Putin admitiu que o documento pode servir de base para um eventual acordo.
Segundo o líder russo, apesar de a situação no campo de batalha ser considerada satisfatória para a Rússia, pois estaria alinhada aos objetivos da chamada “operação militar especial”, o país segue aberto a negociações e a uma solução pacífica para o impasse.
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