O Índice de Confiança da Indústria (ICI), calculado pela Fundação Getúlio Vargas (FGV), registrou queda de 0,7 ponto em novembro, atingindo 89,1 pontos em relação ao mês anterior. Na média móvel trimestral, o ICI recuou 0,4 ponto, alcançando 89,8 pontos, marcando o oitavo resultado negativo do ano.

Segundo o economista Stéfano Pacini, do FGV Ibre, o desempenho amplia o sentimento de pessimismo no setor industrial. “Nas avaliações sobre o momento atual dos negócios, as empresas reportam elevado nível de estoques e piores avaliações sobre a demanda. Quanto ao futuro, apesar da melhora, o resultado de novembro tem característica de compensação após os resultados negativos dos últimos cinco meses”, explica.

Entre os componentes do índice, o Índice de Situação Atual (ISA) caiu 4,6 pontos, para 89,6 pontos. Já o Índice de Expectativas (IE) avançou 3,4 pontos, atingindo 88,8 pontos. O indicador da produção prevista recuperou 2,2 pontos, chegando a 84,8 pontos após cinco meses consecutivos de retração.

Em contrapartida, o nível de estoques aumentou 5,2 pontos, alcançando 111,6 pontos — maior patamar desde outubro de 2023 — e indicando dificuldades da indústria diante do acúmulo de produtos. Valores acima de 100 pontos sinalizam estoques excessivos no setor.

O Nível de Utilização da Capacidade Instalada da Indústria (NUCI) também recuou, caindo 2,2 pontos percentuais e fechando o mês em 79,7%.

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