A mediana das projeções do relatório Focus para o IPCA de 2025 caiu de 4,46% para 4,45%, ficando 0,05 ponto percentual abaixo do teto da meta estabelecida, de 4,50%. Há um mês, a expectativa era de 4,56%. Considerando apenas as 105 estimativas atualizadas nos últimos cinco dias úteis, a mediana recuou de 4,46% para 4,43%.

Para 2026, a projeção do IPCA também apresentou queda, passando de 4,20% para 4,18%. Um mês atrás, estava em 4,20%. Entre as estimativas mais recentes, o índice caiu de 4,19% para 4,17%.

Segundo o Banco Central, a expectativa é de que o IPCA alcance 4,6% em 2025 e 3,6% em 2026, conforme o último comunicado do Comitê de Política Monetária (Copom). No horizonte relevante, que abrange o segundo trimestre de 2027, o colegiado projeta inflação em 12 meses de 3,3%.

Na decisão mais recente, o Copom manteve a taxa Selic em 15% pela terceira vez consecutiva. Em ata, o colegiado avaliou que “a estratégia de manutenção do nível corrente da taxa de juros por período bastante prolongado é suficiente para assegurar a convergência da inflação à meta”.

O Copom reforçou, entretanto, que manterá postura vigilante e poderá ajustar os próximos passos da política monetária conforme necessário. “Não hesitaremos em retomar o ciclo de ajuste caso julguemos apropriado”, destacou o comitê.

A partir deste ano, a meta de inflação passou a ser contínua, baseada no IPCA acumulado em 12 meses. O centro da meta é de 3%, com tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Se a inflação permanecer fora desse intervalo por seis meses consecutivos, considera-se que o Banco Central perdeu o alvo. Esse cenário se concretizou após a divulgação do IPCA de junho, em 10 de julho, levando a autoridade monetária a publicar uma carta aberta informando a expectativa de queda da taxa para abaixo de 4,50% até o fim do primeiro trimestre de 2026.

A mediana das projeções do Focus para a inflação de 2027 permaneceu em 3,80%, enquanto a estimativa para o IPCA de 2028 seguiu em 3,50%.

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