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Justiça solta dois investigados por fraudes no Banco Master
Executivos deixaram a sede da Polícia Federal após fim do prazo da prisão temporária; outros cinco seguem detidos preventivamente
Dois investigados na Operação Compliance Zero, que apura fraudes financeiras envolvendo o Banco Master, foram soltos na noite desta quinta-feira (20) e deixaram a Superintendência da Polícia Federal em São Paulo. O prazo da prisão temporária, decretada pela Justiça Federal por três dias, venceu e não foi renovado.
O banqueiro Daniel Vorcaro — preso por agentes federais na noite de segunda-feira (17), ao tentar embarcar em seu jato particular no Aeroporto de Guarulhos, com destino a Dubai — permanece detido em caráter preventivo, sem prazo determinado para soltura.
Os executivos André Felipe de Oliveira Seixas Maia, ex-funcionário do Banco Master, e Henrique Souza Silva Peretto foram os beneficiados pela decisão. Segundo a Polícia Federal, ambos aparecem como donos de empresas supostamente usadas nas fraudes.
Ao decretar as prisões, o juiz Ricardo Augusto Soares Leite, da 10.ª Vara Federal Criminal no Distrito Federal, destacou que André Felipe possui "vínculos funcionais e societários que o colocam no centro das operações fraudulentas investigadas".
André Felipe é proprietário da Tirreno Consultoria Promotoria de Crédito e Participações. Conforme a Polícia Federal, a empresa teria sido criada em um processo "marcado por indícios de simulação, antedatamento e manipulação documental destinados a ludibriar a fiscalização" do Banco Central.
Henrique Peretto figura como responsável, formalmente, pela integralização do capital social da Tirreno, que saltou de R$ 100 para R$ 30 milhões — um acréscimo considerado suspeito. Para a PF, houve uma manobra societária para dar aparência de capacidade econômica à empresa.
"Há diversos vínculos societários entre Henrique Peretto e André Felipe de Oliveira Seixas Maia — este último diretor da Tirreno e ex-funcionário do Banco Master —, indicando atuação coordenada no âmbito das empresas envolvidas", destaca trecho da decisão do juiz Ricardo Leite.
Outros cinco executivos do banco, presos na mesma operação, permanecem detidos preventivamente, ou seja, sem prazo determinado para soltura.
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