A Força Aérea Brasileira (FAB) interceptou e destruiu uma aeronave procedente da Venezuela que sobrevoava a Terra Indígena Yanomami, na região amazônica. O piloto conseguiu fugir antes da chegada das autoridades.

A operação ocorreu na quarta-feira, 19 de junho. Por volta das 7h, radares da FAB identificaram o avião entrando no espaço aéreo brasileiro sem plano de voo e sem comunicação com os órgãos de controle de tráfego aéreo, o que levantou suspeitas de uso para o tráfico de drogas.

Imediatamente, dois caças A-29 Super Tucano foram acionados para interceptar a aeronave. Conforme informações da FAB, foram adotadas as medidas de averiguação, que visam confirmar a identidade da aeronave e monitorar seu comportamento.

Em seguida, foram realizadas medidas de intervenção, com a determinação para que a aeronave interceptada alterasse sua rota e pousasse em aeródromo indicado pela FAB.

"Diante do cumprimento, pelo interceptador, de todas as fases das medidas de policiamento do espaço aéreo e da persistente falta de colaboração da aeronave interceptada, foi aplicado o tiro de aviso, a fim de que fossem cumpridas as ordens da Defesa Aeroespacial. Como o piloto permaneceu irredutível, a aeronave foi reclassificada como hostil e passou a estar sujeita ao tiro de detenção, destinado a impedir a continuidade do voo", informou a FAB, em nota.

O piloto da aeronave suspeita realizou o pouso em uma pista de terra próxima à região de Surucucu, em Roraima. A FAB enviou um helicóptero H-60 Black Hawk ao local, mas, ao chegar, a equipe constatou que o suspeito havia fugido. O avião, com matrícula adulterada, foi destruído pelas autoridades.