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Nova cratera descoberta na Lua revela dinâmica da superfície e reforça alerta para missões futuras

Identificação feita pela NASA destaca importância do monitoramento constante para garantir segurança de astronautas em futuras expedições do programa Artemis

Sputnik Brasil 20/11/2025
Nova cratera descoberta na Lua revela dinâmica da superfície e reforça alerta para missões futuras
Foto: © Sputnik / Vitaly Ankov

A sonda Lunar Reconnaissance Orbiter (LRO), da NASA, identificou uma nova cratera na superfície da Lua, formada entre 2009 e 2012. A descoberta evidencia que o satélite natural da Terra segue em constante transformação, um fator crucial para a segurança das próximas missões tripuladas do programa Artemis.

No dia 13 de novembro, a equipe responsável pela Lunar Reconnaissance Orbiter Camera (LROC) anunciou o achado de uma depressão inédita, com aproximadamente 22 metros de diâmetro, localizada ao norte da cratera Romer. Acredita-se que a formação seja resultado de um impacto ocorrido no período entre 2009 e 2012.

Vista da nova cratera lunar (canto superior direito) com um recorte (canto inferior esquerdo) mostrando uma versão ampliada da mesma
Vista da nova cratera lunar (canto superior direito) com um recorte (canto inferior esquerdo) mostrando uma versão ampliada da mesma

O trabalho da LROC é reconhecido pela capacidade de comparar imagens da mesma região lunar ao longo do tempo, permitindo identificar mudanças e novas crateras. Essa análise temporal comprova que a superfície da Lua é dinâmica, mesmo em períodos relativamente curtos, e que impactos seguem remodelando o satélite.

Desde o início da missão LRO, em 2009, mais de 200 crateras de impacto foram registradas. Em 2023, a equipe identificou uma possível cratera artificial, atribuída à queda do módulo russo Luna 25, ressaltando a importância do monitoramento contínuo da Lua.

Na descoberta mais recente, os cientistas observaram que o impacto ejetou material brilhante a dezenas de metros da borda, formando raios semelhantes a "raios de sol" — padrão já registrado em outros impactos recentes, como o de março de 2013. Com o tempo, esses raios tendem a escurecer, igualando-se ao regolito lunar devido à erosão espacial.

Apesar de pequena, a cratera recém-identificada — apelidada de "pequena sarda" — é relevante para compreender as taxas de impacto e os processos de degradação da superfície lunar. O achado contribui para o planejamento de missões futuras, tornando as operações mais seguras.

O programa Artemis, da NASA, planeja levar seres humanos de volta à Lua na próxima década. Para isso, cientistas avaliam cuidadosamente regiões próximas ao polo sul lunar, considerando fatores como comunicação, terreno, iluminação e condições sísmicas. Uma cratera inesperada em uma zona de pouso pode comprometer a missão, reforçando a necessidade de conhecimento detalhado da superfície irregular do satélite.