A Defesa Civil de São Paulo excluiu nesta sexta-feira, 14, de 23 para 11 o número de imóveis interditados após uma explosão ocorrida no Tatuapé, zona leste da capital paulista, na noite de quinta-feira, 13. Do total, 10 residências permanecem totalmente interditadas e uma, parcialmente.

Na manhã de quinta-feira, eram 12 residências totalmente interditadas e 11 parcialmente, somando 23 imóveis. Com nova vistoria, esse número foi atualizado. A maioria das famílias desabrigadas buscou abrigo com os pais; uma delas recebeu atendimento da Coordenação de Pronto Atendimento Social (CPAS).

A explosão aconteceu em uma casa próxima à Avenida Salim Farah Maluf, nas imediações da Avenida Celso Garcia. De acordo com o Corpo de Bombeiros, uma pessoa morreu e outras 10 feridas.

Segundo a Secretaria de Segurança Pública (SSP), o imóvel funcionava como depósito clandestino de fogos de artifício. A explosão, registrada por volta das 19h50, atingiu imóveis vizinhos, derrubou estruturas metálicas e danificou diversos veículos estacionados na região.

Durante o rescaldo, o Corpo de Bombeiros acionou o Esquadrão de Bombas do Grupo de Ações Táticas Especiais (GATE) da Polícia Militar, que localizou um corpo carbonizado entre os escombros. A vítima, um homem, seria o suspeito de armazenar artefatos ilegais explosivos no local , informou a SSP.

Imagens que circularam nas redes sociais mostraram uma área em chamas e uma grande coluna de fumaça próxima aos edifícios. Vídeos de câmeras de monitoramento registraram o momento da explosão, com fogos de artifício cruzando a Avenida Salim Farah Maluf.

Moradores de prédios próximos também gravaram vídeos em que é possível ver clarões em meio à fumaça. Relatos nas redes sociais mencionam um forte estrondo e sensação de tremor nas imediações.

A área precisa ser isolada. Devido ao fogo, não foi possível identificar imediatamente o ponto de origem das chamas. Informações preliminares da Polícia Militar chegaram a sugerir a possibilidade de queda de balão e danos em transformadores da rede elétrica.

Investigação

A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para apurar as conclusões da explosão. "O caso foi registrado como explosão, crime ambiental e lesão corporal no 30º Distrito Policial (Tatuapé)", informou a SSP.

A perícia foi solicitada para o local e o exame necroscópico será realizado pelo Instituto Médico-Legal, segundo a secretaria.

O armazenamento ilegal de materiais explosivos representa grave risco para a vida e para a integridade da população, e todas as medidas cabíveis estão sendo elaboradas para esclarecer os fatos e responsabilizar os envolvidos , destacadas pelo órgão.