Os Estados Unidos anunciaram que removerão tarifas sobre alguns alimentos e outras importações provenientes da Argentina, Equador, Guatemala e El Salvador. A decisão faz parte de acordos-quadro que visam ampliar o acesso de empresas norte-americanas a esses mercados.

Segundo autoridades do governo Trump, a expectativa é que os acordos contribuam para a redução dos preços do café, bananas e outros alimentos. O governo espera ainda que os varejistas repassem os benefícios aos consumidores.

Notícias relacionadas:

• Mauro Vieira e Marco Rubio avançam em negociações sobre tarifas.
• Trump diz que reduzirá tarifas para importação de café.
• Após reunião com Xi, Trump anuncia redução de tarifas para a China.

De acordo com uma autoridade norte-americana, os acordos-quadro com a maioria dos quatro países devem ser finalizados nas próximas duas semanas, com possibilidade de novos acordos até o fim do ano.

O secretário do Tesouro dos EUA, Scott Bessent, afirmou que o governo planeja anúncios “substanciais” nos próximos dias, voltados para a diminuição dos preços do café, bananas e outras frutas, como parte do esforço para reduzir o custo de vida no país.

O presidente Donald Trump tem dado ênfase à questão da acessibilidade econômica, após derrotas eleitorais recentes de candidatos republicanos. Ele atribui os aumentos de custos a políticas do ex-presidente Joe Biden, e não às próprias tarifas implementadas durante sua gestão.

As vitórias democratas em estados como Nova Jersey, Nova York e Virgínia, impulsionadas por preocupações com o custo de vida, destacaram a insatisfação dos eleitores com os preços elevados, que, segundo economistas, foram agravados pelas tarifas de importação impostas por Trump.

Autoridades dos EUA também relataram negociações “bastante construtivas” com outros países da América Central e do Sul, além de avanços em conversas comerciais com Suíça e Taiwan.

Países reagem positivamente aos acordos

Os acordos-quadro manterão tarifas de 10% sobre a maioria dos produtos de El Salvador, Guatemala e Argentina, e de 15% para importações do Equador. No entanto, haverá remoção das tarifas para itens que não são produzidos nos EUA, como banana e café do Equador.

Os acordos, semelhantes aos firmados com países asiáticos em outubro, também incluem compromissos de não taxar serviços digitais de empresas americanas e a retirada de tarifas sobre produtos agrícolas e industriais dos EUA.

“Com todos esses acordos, mantemos as tarifas, concedemos algum alívio tarifário sobre determinados produtos, mas, ao mesmo tempo, abrimos mercados estrangeiros de forma inédita”, destacou uma autoridade do governo.

O ministro das Relações Exteriores da Argentina, Pablo Quirno, afirmou que a estrutura do acordo “criaria as condições” para impulsionar investimentos dos EUA no país, agradecendo ao presidente Javier Milei pela “convicção” em relação ao entendimento.

*É proibida a reprodução deste conteúdo.