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Suzano registra lucro de R$ 1,96 bilhão no 3º tri de 2025, queda de 39% em relação a 2024

Resultado reflete recuo no preço da celulose e desvalorização do dólar; volume de vendas cresceu 20% no período

06/11/2025
Suzano registra lucro de R$ 1,96 bilhão no 3º tri de 2025, queda de 39% em relação a 2024
- Foto: Reprodução

A Suzano divulgou nesta quinta-feira, 6, um lucro líquido de R$ 1,961 bilhão no terceiro trimestre de 2025, representando uma queda de 39% em comparação ao mesmo período de 2024. O Ebitda ajustado somou R$ 5,2 bilhões, retração de 20% na base anual. Já a receita líquida atingiu R$ 12,153 bilhões, recuo de 1% em relação ao terceiro trimestre do ano anterior.

Segundo a empresa, após um período de incertezas envolvendo a política tarifária dos Estados Unidos, houve uma recuperação gradual dos preços da celulose a partir do final de agosto, superando o patamar mais baixo do ano registrado na primeira metade do trimestre na China.

"Apesar de uma melhora no sentimento do mercado, o preço médio líquido da Suzano em dólares apresentou uma queda de 6%, enquanto o PIX China recuou 9% e o PIX Europa, 12%", informou a companhia em seu relatório de resultados.

A redução de 1% na receita líquida consolidada, frente ao mesmo trimestre de 2024, foi explicada pela queda de 22% no preço médio líquido da celulose em dólares e pela desvalorização de 2% do dólar médio ante o real. Esses fatores foram parcialmente compensados pelo aumento de 20% no volume de vendas de celulose e pelo impacto positivo da nova operação da Suzano Packaging US, destacou a empresa.

O recuo de 20% no Ebitda ajustado decorreu, principalmente, do menor preço médio líquido da celulose, do aumento das despesas de vendas, gerais e administrativas, e da desvalorização do dólar frente ao real. Esses efeitos foram parcialmente compensados pelo maior volume de vendas de celulose e pelo menor custo do produto vendido.

A Suzano também ressaltou que as despesas financeiras cresceram 14% em relação ao segundo trimestre, reflexo do aumento dos juros em moeda local, impulsionado pelo maior saldo de dívida em reais e pela elevação do CDI médio do período.