A rede de diagnósticos Fleury registrou lucro líquido de R$ 184,9 milhões no terceiro trimestre de 2025, resultado 3,0% inferior ao apurado no mesmo período do ano anterior. A retração foi atribuída ao aumento das taxas de juros e a maiores despesas com depreciação e amortização, reflexo dos investimentos em tecnologia da informação e digitalização.

“Isso é uma programação que a gente tem feito para ganhar eficiência na organização”, afirmou Jeane Tsutsui, diretora-presidente do Fleury, ao comentar os aportes em tecnologia realizados pelo grupo.

Entre julho e setembro, o Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda) somou R$ 599,4 milhões, alta de 11,5% em relação ao mesmo trimestre de 2024. A margem Ebitda ficou praticamente estável, em 27,4%.

A receita líquida alcançou R$ 2,191 bilhões, representando crescimento de 11,6% na comparação anual.

A dívida líquida do Fleury ao fim de setembro totalizou R$ 2,038 bilhões, avanço de 8,9% frente ao terceiro trimestre do ano anterior. Em relação ao segundo trimestre, houve redução de 12,1%. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda, permaneceu estável em 1,0 vez.

Em entrevista ao Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, o diretor financeiro José Antonio Filippo destacou que a estrutura de capital com baixa alavancagem é considerada ideal para a companhia no momento. Segundo ele, a estratégia defensiva foi adotada diante da expectativa de manutenção dos juros em patamares elevados por período prolongado. Em setembro de 2022, a alavancagem era de 1,7 vez. “Mesmo com alavancagem baixa, a empresa consegue realizar investimentos, aquisições e distribuir dividendos, sustentada por uma importante geração de caixa”, ressaltou Filippo.