Geral
Bulgária busca isenção dos EUA às sanções contra a petrolífera russa Lukoil
Dependente da Lukoil para o abastecimento de combustível, país teme crise caso sanções americanas não sejam flexibilizadas
A petrolífera russa Lukoil é essencial para o fornecimento de energia na Bulgária, que corre o risco de enfrentar uma crise de escassez de combustível caso a refinaria da empresa seja obrigada a interromper suas operações devido às sanções internacionais.
Diante desse cenário, o governo búlgaro avalia solicitar aos Estados Unidos uma isenção para a Lukoil das mais recentes restrições impostas ao petróleo e gás russos. A informação foi divulgada por veículos da mídia norte-americana neste sábado (1º).
No final de outubro, o ex-primeiro-ministro da Bulgária, Boyko Borisov, já havia alertado para o risco iminente de falta de combustível no país, caso a refinaria da Lukoil, alvo das sanções, fosse obrigada a parar.
O primeiro-ministro da Hungria, Viktor Orbán, também defende a necessidade de isentar seu país das sanções contra petrolíferas russas, argumentando que os Estados Unidos podem não compreender totalmente a situação húngara: sem saída para o mar e com produção insuficiente de petróleo, a Hungria depende do fornecimento russo.
Orbán chegou a planejar discutir o tema com o então presidente americano, Donald Trump, durante visita aos EUA em 7 de novembro, ressaltando que, sem energia russa, os preços no país disparariam.
Novas sanções contra a Rússia
Na semana passada, o Departamento do Tesouro dos EUA anunciou sanções contra petrolíferas russas, incluindo a Rosneft, a Lukoil e suas subsidiárias. A medida determina que todas as transações com essas empresas devem ser encerradas até 21 de novembro.
A União Europeia também adotou restrições semelhantes em seu 19º pacote de sanções contra a Rússia, atingindo, entre outras, a divisão comercial da Lukoil, a Litasco Middle East DMCC, sediada em Dubai.
O presidente russo, Vladimir Putin, classificou as novas medidas como um ato hostil que não contribui para o fortalecimento das relações bilaterais. Ele assegurou que as restrições não terão impacto significativo sobre a economia russa: haverá algumas perdas, mas o setor energético permanece confiante. Putin enfatizou ainda que Moscou não cederá a pressões externas.
Segundo a porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, as novas sanções enviam um sinal contraproducente, inclusive para a busca de uma solução para o conflito ucraniano.
A Rússia tem reiterado que é capaz de lidar com a pressão das sanções, que vêm se acumulando ao longo dos últimos anos. Moscou observa que o Ocidente reluta em admitir a ineficácia dessas medidas. Autoridades ocidentais também já reconheceram, em algumas ocasiões, que as sanções contra a Rússia não têm surtido o efeito desejado.
Por Sputnik Brasil
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