Israel realizou um ataque aéreo em Gaza contra um suposto membro da Jihad Islâmica, apesar do cessar-fogo com o Hamas. O episódio reacende tensões na região, enquanto autoridades egípcias entram no enclave para buscar corpos de reféns e Netanyahu reafirma controle sobre a segurança nacional.

O Exército israelense realizou no sábado (25) um ataque direcionado no centro de Gaza contra um indivíduo acusado de planejar ações contra tropas israelenses. Segundo militares, o alvo seria um membro da Jihad Islâmica, embora o grupo palestino não tenha comentado a acusação. O ataque ocorre em meio a um cessar-fogo apoiado pelos EUA entre Israel e o Hamas, mais de dois anos após o início da guerra na Faixa de Gaza, mas marcado por acusações mútuas de violações.

Testemunhas relataram à Reuters que um drone atingiu um carro, provocando um incêndio e deixando quatro feridos, segundo médicos locais. Separadamente, tanques israelenses teriam bombardeado áreas orientais da cidade de Gaza, embora o Exército não tenha respondido aos pedidos de comentário sobre essas ações à mídia britânica.

Em uma mudança de política, Israel permitiu que autoridades egípcias entrassem na Faixa de Gaza para ajudar na localização dos corpos de reféns capturados durante o ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023, que desencadeou o conflito. O Hamas afirmou que devolverá todos os reféns sequestrados, mas os restos mortais de 13 pessoas ainda permanecem no enclave.

O gabinete do primeiro-ministro israelense não se pronunciou sobre a entrada das autoridades egípcias, mas Benjamin Netanyahu reforçou neste domingo (26) que Israel, como Estado soberano, continuará decidindo sua política de segurança e com quais forças estrangeiras cooperará.

Netanyahu afirmou que Israel controla sua própria segurança e que comunicou às forças internacionais quais são consideradas inaceitáveis. Segundo ele, essa posição foi compreendida e aceita pelos representantes dos Estados Unidos nos últimos dias.

As declarações de Netanyahu ocorrem em meio a esforços diplomáticos para manter o cessar-fogo e resolver pendências relacionadas aos reféns, enquanto ações militares pontuais continuam a desafiar a estabilidade do acordo. A situação permanece tensa, com riscos de novos confrontos e impasses políticos entre os envolvidos.