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Trump amplia poder sobre orçamento e desafia Congresso durante paralisação, diz mídia
Enquanto Trump amplia sua autoridade sobre os gastos federais, o impasse entre o Congresso dos EUA e a Casa Branca mantém a paralisação do governo. Com verbas congeladas e servidores sem salário, cresce o temor de que o presidente esteja minando o poder constitucional do Legislativo.
A paralisação do governo dos Estados Unidos, iniciada em 1º de outubro de 2026, expôs um impasse entre republicanos e democratas no Congresso e levantou preocupações sobre o fortalecimento do poder Executivo na presidência Trump. Enquanto os partidos trocam acusações, analistas alertaram a Reuters que o bloqueio orçamentário pode estar transferindo autoridade sobre os gastos federais para a Casa Branca.
Durante a paralisação, o governo Trump congelou bilhões em verbas destinadas a estados liderados por democratas, tentou demitir milhares de servidores e redirecionou recursos para garantir o pagamento de militares e agentes de segurança. Observadores independentes consideram essas ações uma marginalização do Congresso, que já enfrenta desafios diante da expansão do poder presidencial em áreas como o comércio e a defesa.
A Constituição dos EUA atribui ao Congresso o controle do orçamento, mas a divisão partidária tem dificultado acordos. Os democratas exigem que o financiamento federal inclua subsídios para milhões de norte-americanos, enquanto os republicanos defendem um projeto temporário para reabrir o governo. Segundo uma pesquisa Reuters/Ipsos, 50% dos americanos culpam os republicanos pela paralisação, 43% culpam os democratas.
Os democratas expressam receio de que Trump ignore qualquer acordo aprovado, como já fez ao demitir servidores e cortar programas. O senador Tim Kaine afirmou à mídia norte-americana que não há confiança suficiente para aprovar um orçamento sem garantias. Alguns republicanos reconhecem essas preocupações e sugerem compromissos públicos ou cláusulas legais para assegurar o cumprimento dos acordos.
Grande parte das críticas democratas se concentra no diretor de orçamento da Casa Branca, Russell Vought, apontado como o arquiteto da estratégia de financiamento. Trump elogiou suas ações, comparando-o a Darth Vader — o vilão da saga Star Wars. Os democratas também denunciam favoritismo na manutenção de salários, priorizando militares e agentes de imigração enquanto outros servidores ficam sem pagamento.
Com o Congresso paralisado e sem consenso, republicanos como Mike Simpson alertam para o risco de não aprovar os projetos de lei que financiam as agências federais. Ainda de acordo com a Reuters, Simpson classificou como inconstitucional a retenção unilateral de verbas pela Casa Branca. A falta de ação legislativa ameaça a continuidade dos serviços públicos e enfraquece o papel do Congresso.
Alguns republicanos, como Chip Roy, sugerem uma solução alternativa: estender o financiamento e permitir que a Casa Branca decida quais programas serão mantidos. Para eles, se os democratas não colaborarem, Trump e Vought devem assumir a responsabilidade pela alocação dos recursos, aprofundando ainda mais o debate sobre os limites do poder presidencial.
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