O presidente colombiano, Gustavo Petro, questionou a narrativa de Washington que justifica o ataque a uma embarcação perto da costa venezuelana, que, sem apresentar provas, acusou a embarcação de supostamente transportar drogas.

Em uma publicação em sua conta no X nesta sexta-feira (3), o chefe de Estado colombiano afirmou que "os barcos não transportam narcoterroristas", mas sim jovens pobres do Caribe. Em contraponto, disse que os traficantes de drogas vivem nos EUA, na Europa e em Dubai.

"Lançar mísseis quando eles podem ser interceptados, como faz a Colômbia, viola o princípio jurídico universal da proporcionalidade e, portanto, é assassinato", afirmou Petro.

Horas antes, os EUA afundaram mais um navio na costa da Venezuela.

O presidente Petro vem se posicionando constantemente contra a narrativa americana de ataques à navios no mar do Caribe sob o pretexto de combater o tráfico de drogas. Em ataques anteriores, o líder sul-americano disse que Washington "não tem o direito" de atacar a população latino-americana dessa maneira e chamou a ofensiva de "assassinatos".

Desde agosto, as ações de Washington no Caribe têm se intensificado. Recentemente, o presidente venezuelano Nicolás Maduro descreveu essas ações como "agressão" em vez de "tensões".