O Pentágono planejava dispensar cerca de 45% de seus funcionários civis, enquanto mais de 2 milhões de militares seguiriam em serviço sem remuneração, diante da paralisação do governo iniciada em 1º de outubro. O plano de contingência previa manter apenas funções essenciais até novo financiamento do Congresso.

O Departamento de Guerra dos EUA planejava dispensar quase metade de seus 741.477 funcionários civis, em preparação para a paralisação do governo norte-americano, que começou na quarta-feira (1º), enquanto mais de 2 milhões de militares continuariam em serviço sem remuneração até que o Congresso aprovasse um novo financiamento, de acordo com seu plano de contingência de setembro de 2025.

O plano previa que 406.573 funcionários civis seriam mantidos para desempenhar funções essenciais. Isso incluía 182.684 funcionários financiados por fontes que não as verbas anuais e 223.889 funcionários cujo trabalho seria necessário para proteger vidas e propriedades.

Os 334.904 funcionários civis restantes, cerca de 45,2% do total, seriam dispensados, com todas as outras atividades financiadas por verbas expiradas suspensas, de acordo com o documento.

Ainda não está claro se esse plano foi colocado em prática.

As operações militares continuariam ininterruptas e mais de 2 milhões de militares norte-americanos permaneceriam em serviço, enquanto o departamento continuaria a usar quaisquer fundos disponíveis restantes, incluindo aqueles previstos em legislação anterior, para manter operações críticas, segundo o plano.

A orientação de contingência também observou que 28.074 funcionários estrangeiros indiretos, que não estão incluídos no orçamento do ano fiscal de 2026, estariam fora do escopo deste plano.

A paralisação do governo dos EUA começou na quarta-feira, após o Congresso não ter aprovado as verbas integrais para o novo ano fiscal.

A paralisação temporária do governo dos EUA também interrompeu as operações de diversas agências e serviços federais, de acordo com declarações dessas agências. O Escritório de Prestação de Contas do Governo dos EUA (GAO, na sigla em inglês) suspendeu suas atividades, o que significa que não pode publicar relatórios, atualizar seu site ou responder a chamadas e e-mails, e a maioria dos funcionários não está autorizada a trabalhar. O USAspending.gov, que fornece dados sobre gastos federais, pode sofrer atrasos na divulgação e atualização de dados.