O governo de São Paulo anunciou nesta terça-feira (30) medidas emergenciais de fiscalização e cooperação policial após a confirmação de casos de intoxicação por metanol em bebidas adulteradas. Até o momento, cinco mortes foram confirmadas ou estão sob investigação pela Secretaria de Estado da Saúde.

Durante coletiva de imprensa, o governador Tarcísio de Freitas afirmou que “não há evidências” de participação do crime organizado no episódio. No entanto, a Polícia Federal investiga se integrantes do Primeiro Comando da Capital (PCC) podem estar envolvidos no desvio de estoques de metanol utilizados na adulteração.

O caso reacendeu o alerta sobre o mercado ilegal de bebidas no Brasil. Dados da Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares (Fhoresp) apontam que cerca de 36% das bebidas alcoólicas vendidas no país são falsificadas, adulteradas ou contrabandeadas — um risco direto à saúde pública.

As autoridades estaduais reforçaram que operações de fiscalização serão ampliadas nos próximos dias, com foco em bares, distribuidoras e pontos de venda informais.