Oficiais militares dos Estados Unidos estariam estudando opções para atacar “narcotraficantes” no interior da Venezuela nas próximas semanas, segundo informou nesta sexta-feira (25) o canal NBC, citando vários funcionários familiarizados com o planejamento.

De acordo com o veículo, o presidente norte-americano, Donald Trump, ainda não aprovou o projeto. Os planos consistiriam no uso de drones contra "membros e líderes de grupos de narcotraficantes, bem como laboratórios de drogas", conforme detalha a publicação.

O presidente venezuelano, Nicolás Maduro, afirma que o desdobramento militar dos EUA no Caribe tem como verdadeiro objetivo promover uma mudança de governo em Caracas, e não combater os cartéis, como alega Washington.

Países como México, Colômbia, Cuba e Brasil já expressaram seu desacordo com as ações da Casa Branca.

A Casa Branca confirmou no último mês o envio de três navios, transportando 4 mil soldados, às águas caribenhas perto da Venezuela. O governo norte-americano acusa o presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, de liderar uma organização criminosa, o Cartel de los Soles.

Nesse ínterim, embarcações venezuelanas foram atacadas pelas forças dos Estados Unidos, sob pretexto de serem veículos portando cargas de drogas.

O presidente colombiano, Gustavo Petro, declarou que "deve ser aberto um processo penal" contra os funcionários dos EUA que deram a ordem de abrir fogo contra embarcações.

Petro, o primeiro líder de esquerda a governar a Colômbia, insistiu que as pessoas relatadas como mortas nos ataques aos barcos pelos Estados Unidos não pertenciam à gangue transnacional Tren de Aragua, como alegou o governo Trump.