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Tarifas dos EUA e declínio europeu fortalecem parceria entre China e África, diz especialista
Superávit comercial chinês com o continente já chega a US$ 60 bilhões em 2025, impulsionado por redirecionamento do comércio
O aumento das tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e o enfraquecimento da influência econômica da Europa estão impulsionando uma aproximação estratégica entre a China e a África, segundo avaliação da professora Analúcia Danilevicz Pereira, especialista em relações internacionais.
Em entrevista ao podcast da Sputnik Brasil, Danilevicz destacou que a China já acumula em 2025 um superávit de US$ 60 bilhões (cerca de R$ 321 bilhões) no comércio com países africanos — resultado de um movimento de redirecionamento de fluxos comerciais diante das barreiras impostas por Washington.
A especialista afirmou que a África tem ocupado “um papel central na estratégia de internacionalização chinesa”, fortalecendo o eixo afro-asiático, que, segundo ela, tem “capacidade de promover uma mudança significativa no equilíbrio internacional”.
Danilevicz lembrou ainda que a relação sino-africana tem raízes históricas, citando a atuação de Pequim durante a Guerra Fria em apoio à independência de países africanos e na liderança política de conferências regionais.
A professora também avaliou que há um “franco declínio euro-atlântico” nas relações econômicas e políticas, com padrões de cooperação ocidentais que “não atendem aos interesses mútuos” e abrem espaço para um novo modelo de parceria liderado por China e África.
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