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STF autoriza desbloqueio de redes sociais de Zambelli

Sputinik Brasil 25/09/2025
STF autoriza desbloqueio de redes sociais de Zambelli
Foto: © telegram SputnikBrasil / Acessar o banco de imagens

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes autorizou nesta quinta-feira (25) desbloqueio das redes sociais da deputada federal licenciada Carla Zambelli (PL-SP), que está presa na Itália.

Na decisão, Moraes informou que o bloqueio já não é mais necessário agora que ela está presa, entretanto, determinou multa de R$ 20 mil caso a deputada volte a fazer postagens com "desinformação, discurso de ódio" ou que atentem contra as instituições.

O bloqueio foi feito, 4 de junho de 2025, dias após a congressista fugir do Brasil. A Polícia Federal (PF) identificou publicações que representavam crimes.

Zambelli foi recentemente condenada pelo STF a dez anos de prisão por atuar na invasão de sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Ela fugiu para a Itália, mas foi encontrada pelas autoridades, após ser incluída como foragida na lista da Interpol.

As contas desbloqueadas são vinculadas a Zambelli, seu filho, João Zambelli, e sua mãe, Rita Zambelli, nas plataformas Gettr, Meta, LinkedIn, TikTok, X, Telegram e YouTube.

O advogado de Zambelli, Fabio Pagnozzi, postou um vídeo nas redes sociais, em que chama a decisão de mais uma vitória: "Vamos nos manter firmes e fortes até conseguirmos a extinção desse processo", disse ele.

Processo de cassação em curso na Câmara

Ontem (24), a deputada prestou depoimento por vídeo conferência à Câmara dos Deputados em processo que pede sua cassação e criticou Moraes, por bloquear suas redes.

Durante a sessão da Comissão de Constituição e Justiça que analisa o processo, o deputado Paulo Azi (União-BA) e presidente da comissão, disse que, a pedido do relator deputado Diego Garcia (Republicanos-PR), foi solicitado ao Supremo os autos do processo relativos à condenação de Zambelli.

Após o envio, será iniciado o prazo para apresentação do relatório. O parecer aprovado pela comissão será levado então ao plenário da Casa. Para que o mandato seja cassado o plenário da Câmara deve ter pelo menos 257 votos a favor da cassação, maioria dos votos do total de 513 parlamentares.