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Disputa por imóvel motivou morte de agiota encontrado carbonizado em Marechal Deodoro
Dois suspeitos já foram presos e um homem segue foragido; Polícia aponta tentativa de ocultar provas financeiras
O inquérito da Polícia Civil que investiga a morte do agiota Rubens Lima Barreto, encontrado carbonizado na carroceria da própria caminhonete em um canavial de Marechal Deodoro, no dia 28 de julho de 2025, trouxe novos desdobramentos. A delegada Juliana Santos, responsável pelo caso, revelou que as apurações caminham para desvendar todo o esquema que resultou no crime, apontado como motivado por uma disputa imobiliária.
A vítima
Natural de Minas Gerais, Rubens atuava como agiota em Barra Nova, onde emprestava dinheiro a comerciantes locais. Apesar de não ter residência fixa em Alagoas, ele demonstrava interesse em se estabelecer no estado e buscava adquirir um imóvel na região da Massagueira. Esse interesse teria gerado a desavença que culminou no assassinato.
O esquema
Três pessoas foram identificadas como suspeitas. Um homem foi preso em agosto, uma mulher foi detida em 25 de setembro e o marido dela, primo do primeiro suspeito, continua foragido. Segundo a polícia, o casal discutiu com Rubens em torno do imóvel, que era usado pelo agiota como garantia em contratos de empréstimo.
“Este imóvel é o centro da discussão. A vítima veio de Minas Gerais para resolver pendências e não possuía casa em Alagoas, mas tinha interesse no imóvel da Massagueira”, explicou a delegada Juliana Santos.
Para os investigadores, o trio planejou a execução e ocultou o corpo carbonizado como forma de destruir documentos ligados às negociações. Além disso, os suspeitos levaram dois celulares da vítima.
O rastro financeiro
As investigações avançaram após movimentações suspeitas na conta digital de Rubens, registrada em nome de um familiar. O trio tentou transferir R$ 1,5 mil para a conta da mulher, mas acabou devolvendo o valor ao perceber que a operação poderia chamar atenção. Em outra tentativa, R$ 2 mil seriam destinados ao marido da suspeita via QR Code, mas a transação não foi concluída.
“Nós conseguimos verificar os rastros digitais com a colaboração da família, já que a conta estava em nome de um parente. Foram identificadas movimentações logo após a morte da vítima”, detalhou a delegada.
A mulher chegou a prestar depoimento dias depois do crime, mas só foi presa após o surgimento de novas provas. O marido segue foragido, e a polícia não descarta a participação de outras pessoas no homicídio.
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