Geral
Três dias depois, população de palmeira ainda respira sessão da Câmara que mais uma vez barrou fiscalização na prefeitura
Palmeira dos Índios – Já se passaram três dias desde a sessão ordinária de segunda-feira (22), seguida de uma extraordinária, e os debates ainda ecoam pela cidade. A reunião expôs, de forma dura, as feridas abertas na gestão municipal: a falta de transparência, a precariedade de serviços básicos e um futuro incerto para o esporte amador.
TRANSPARÊNCIA NEGADA
O episódio mais grave ficou marcado pela rejeição, sem debate, de dois requerimentos do vereador Helenildo Neto, que pediam informações formais sobre obras de pavimentação paralisadas e sobre o estoque de medicamentos na Farmácia Central. A negativa da maioria dos vereadores fechou as portas para um instrumento legítimo de fiscalização e deixou evidente o bloqueio à transparência em temas vitais para a população.
SAÚDE E INFRAESTRUTURA EM COLAPSO
Da tribuna, ecoaram denúncias contundentes: a falta de remédios como Risperidona e Depakene, essenciais para crianças autistas, e o drama de famílias que vagam de farmácia em farmácia sem resposta. A crise da iluminação pública, com bairros inteiros às escuras, somou-se ao abandono da operação “tapa-buracos” e à falta de combustível até para máquinas básicas. O matadouro, velho e insalubre, segue funcionando sob liminar, como lembrou o próprio plenário.
O ESPORTE E O IMPASSE
Outro foco foi o esporte. O secretário Flávio Targino foi chamado a se explicar sobre a polêmica proibição de propaganda política nos uniformes da Copa Palmeiras. A regra, defendida pelo secretário como garantia de lisura, esbarra na dura realidade financeira dos clubes amadores. Os vereadores lembraram que os custos pesam e inviabilizam equipes. Ao menos, ficou um encaminhamento: a prefeita se comprometeu a fornecer uniformes em 2026 e o presidente da Casa, Madson Monteiro, prometeu cobrar a criação de uma Secretaria de Esportes autônoma.
AVANÇOS E CONTRADIÇÕES
Na sessão extraordinária, quatro projetos foram aprovados: regulamentação do mototáxi por aplicativos, PREFIS, mudanças na eleição de diretores de escolas e o programa “Maria da Penha vai à Escola”, de autoria do vereador Fabiano Gomes. Também foram aprovadas indicações de inclusão social, como placas em Braille e intérpretes de Libras em repartições e eventos.
Mas o saldo geral da segunda-feira é contraditório. Entre discursos inflamados e votações expressivas, o que mais ficou foi o silêncio da maioria diante dos pedidos de transparência. Três dias depois, a Tribuna registra: a Câmara aprovou projetos importantes, mas falhou no dever elementar de fiscalizar a gestão e dar respostas à população.
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