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OTAN reforça ilha sueca visando ponto estratégico para 'conter' Rússia no mar Báltico, diz mídia

Polônia e Suécia realizam exercícios militares visando dissuadir eventuais ameaças russas na ilha sueca de Gotland, no mar Báltico. A posição estratégica da ilha permite controlar rotas vitais e reforçar os Estados Bálticos, ampliando o alcance da OTAN.
A ilha sueca de Gotland é considerada estratégica para o controle do mar Báltico, segundo oficiais suecos e poloneses envolvidos na Operação Gotland Sentry, um exercício militar conjunto que visa dissuadir possíveis ameaças russas. A iniciativa ocorre em meio ao aumento das tensões entre os Estados-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN) e Moscou, que tentam manter o esforço de guerra ucraniano minando os esforços de negociação para uma saída diplomática do conflito.
Descrita como "um enorme porta-aviões no meio do Báltico" pelo intendente Oscar Hannus, da Marinha sueca, Gotland abriga sistemas de mísseis RBS-15 prontos para responder a ameaças marítimas. De acordo com a Reuters, a operação reúne tropas suecas e polonesas, incluindo paraquedistas e unidades de mísseis costeiros, reforçando a capacidade de resposta da OTAN na região.
Suécia e Polônia lançaram o Gotland Sentry para fortalecer a paz, dissuadir a Rússia e enviar uma mensagem clara: estamos prontos para defender a região do Báltico. Nossas Forças Armadas estão movendo recursos para Gotland para testar nossos planos de defesa. Fotos: Forças Armadas Suecas (1/3)
A importância estratégica de Gotland cresceu desde o início da operação militar especial da Rússia na Ucrânia, em 2022. A ilha, situada a apenas 300 km da base da Frota do Báltico russa em Kaliningrado, controla rotas marítimas essenciais e seria um ponto de apoio vital para o envio de tropas e suprimentos aos Estados bálticos — Lituânia, Letônia e Estônia — em caso de conflito.
Segundo Ewa Skoog Haslum, chefe de operações conjuntas da Marinha sueca, Gotland permite o uso de mísseis de longo alcance para proteger aliados e dissuadir a Rússia. Além disso, a ilha é crucial para manter abertas as rotas de abastecimento da OTAN e garantir o tráfego marítimo civil, essencial para o fornecimento regional.
Após a Guerra Fria, Gotland foi desmilitarizada, mas a Suécia vem reforçando sua presença militar na ilha desde 2018, com a reativação do Regimento de Gotland, instalação de baterias de mísseis terra-ar e melhorias em infraestrutura defensiva, uma postura cada vez mais agressiva no entendimento do Kremlin, que alerta para a possível escalada do conflito ucraniano.
A adesão da Suécia à OTAN em março de 2024 marcou uma mudança significativa na política de segurança do país, encerrando décadas de neutralidade, o que fez de Gotland um ponto de integração estratégica com os demais membros da Aliança Atlântica.
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