O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) "lamentou" o sofrimento causado pela guerra na Ucrânia e defendeu um "diálogo" durante a conversa que manteve com seu homólogo ucraniano, Volodymyr Zelensky, nesta quarta-feira (24), às margens da 80ª Assembleia Geral das Nações Unidas, em Nova York.

"Ao lamentar o sofrimento humano causado pelos mais de três anos de combate, Lula reiterou sua convicção de que não haverá saída militar para o conflito. Expressou apoio ao processo de diálogo direto entre as partes iniciado em maio último, em Istambul, bem como às recentes conversas mantidas no Alasca e em Washington", disse o Palácio do Planalto em nota sobre o encontro que durou cerca de 40 minutos.

Por outra parte, o mandatário "defendeu maior engajamento da ONU na busca por uma solução negociada, que leve em conta as preocupações de segurança dos dois lados. Ponderou que um entendimento sobre as condições de um cessar-fogo deveria ser o primeiro passo de um processo de negociação", acrescenta o comunicado.

Já Zelensky definiu a conversa com Lula como "positiva" e agradeceu ao brasileiro por defender um cessar-fogo no leste europeu.

"O presidente Lula me disse que fará todo o possível para chegar à paz na Ucrânia", declarou o líder de Kiev à imprensa.

Esse foi o segundo encontro entre eles em Nova York. O primeiro ocorreu em setembro de 2023, também à margem da Assembleia da ONU, quando trataram da guerra iniciada em 2022.

Mais cedo, Zelensky declarou no plenário da Assembleia que a Rússia está tentando expandir o conflito para o Ocidente.

O mandatário também acusou Moscou de se recusar a aceitar um cessar-fogo e assegurou que os ucranianos são "pessoas pacíficas".