O presidente Luiz Inácio Lula da Silva apresentou nesta terça-feira (23) um discurso contundente na abertura da 80ª Assembleia Geral da ONU, em Nova York, destacando temas sociais, econômicos e geopolíticos.

Entre os principais pontos, Lula afirmou que a pobreza representa ameaça tão grave quanto o extremismo e defendeu que a voz do Sul Global seja respeitada. Também cobrou um marco regulatório para a internet, ressaltando que regras não significam restringir a liberdade de expressão.

Sobre o Oriente Médio, o presidente foi enfático: “absolutamente nada justifica o genocídio em curso em Gaza”, acrescentando que a fome tem sido usada como arma de guerra e que o povo palestino corre o risco de desaparecer.

Lula também criticou as ações unilaterais no mercado mundial, que, segundo ele, destroem cadeias produtivas e geram estagnação. Em relação à Venezuela, defendeu que apenas o diálogo pode levar a uma solução, alertando que medidas recentes podem causar graves consequências humanitárias na região.

O brasileiro ainda criticou os Estados Unidos pela inclusão de Cuba na lista de países apoiadores do terrorismo e pelo veto à presença do presidente da Palestina na Assembleia Geral.