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Prefeitura retira homenagem na Lagoa a 49 crianças vítimas de bala perdida

A prefeitura do Rio ordenou neste domingo, 29, a retirada de 49 fotos de crianças mortas vítimas da violência em uma homenagem feita pela ONG Rio de Paz na Lagoa Rodrigo de Freitas, um dos principais cartões postais da cidade, na zona sul da cidade. No mesmo local também há placas em homenagens a policiais assassinados em operações; estas, no entanto, foram mantidas.
O painel de homenagem aos mortos está instalado na Lagoa desde 2015. No sábado, 28, a Rio de Paz substituiu as placas com os nomes e as idades das crianças mortas por novas, com as fotos dos menores. Instalou no local também uma faixa, lembrando o número de vítimas da violência. Na manhã deste domingo, a ONG constatou que o material tinha sido retirado e, inicialmente, imaginou tratar-se de um ato de vandalismo.
Em nota oficial, a prefeitura informou que reconhece a importância e a necessidade da homenagem, mas que retirou o material por não ter sido consultada sobre a montagem da exposição em local público. Na mesma nota, a prefeitura disse que "avalia a pertinência de manter a homenagem aos policiais militares assassinados".
A ONG estranhou a explicação da prefeitura, lembrando que o mural existe desde 2015 e que é atualizado sempre que há casos novos. A Rio de Paz lembrou ainda que a prefeitura tinha ciência da homenagem e que, o próprio prefeito Eduardo Paes já fez comentários sobre o mural. No domingo, integrantes da Rio de Paz voltaram à Lagoa para depositar flores no local onde estavam as fotos.
"Por que essa exigência somente agora que colocamos as fotos das crianças e não antes, quando eram as placas com os nomes?", questionou a ONG, em nota divulgada pelas redes sociais.
"Estamos colocando flores hoje enquanto providenciamos novas fotos", afirmou um dos fundadores da Rio de Paz, Antonio Carlos Costa.
"Temos que enfatizar um fato: que essas mortes não seriam toleradas onde nós estamos (Lagoa), em Ipanema, Leblon, Arpoador, Copacabana. A cidade não parou ainda porque quem tem tido a sua vida interrompida por bala perdida são meninos e meninas pobres moradores de comunidade", disse ele.
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