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História e resistência indígena em Brasília

patricia.serrao 19/04/2024
História e resistência indígena em Brasília
História e resistência indígena em Brasília - Foto: Reprodução / internet

Adaptação e luta são marcas da história do Santuário dos Pajés, o território indígena cravado no coração de Brasília e o mais antigo da capital federal.

O local onde vivem seis famílias do povo Fulni-ô fica na região Noroeste, área que teve grande expansão imobiliária nos últimos anos. O Santuário tem 32 hectares e meio demarcados, mas ainda esperando os últimos trâmites burocráticos.

Fêtxawewe Tapuya Guajajara, de 25 anos, filho de pai Fulni-ô e mãe Guajajara, é liderança jovem do lugar. Ele conta que o pai lutava pela demarcação do Santuário desde os anos 1980, mas a família chegou bem antes na região.

As tradições, a língua e a medicina são mantidas pelo povo, mas com algumas adaptações por causa da cidade grande.

O último conflito que o povo enfrentou foi em 2017, quando tratores invadiram a área. No ano seguinte, foi fechado o acordo para reconhecer o Santuário dos Pajés como território tradicional indígena.

Fêtxa conta que a segurança melhorou, mas ainda há momentos de preocupação.

Os moradores têm acesso a educação e saúde, mas o líder indígena aponta problemas com falta de esgoto e recolhimento de lixo.

Zé Carlos, o Serviço de Limpeza Urbana informou à nossa produção que não há um pedido formal do Santuário dos Pajés para o serviço de coleta de resíduos; mas que está aberto para buscar soluções.

A Terracap informou que realiza obras específicas para representantes legais da comunidade, e para essas construções há rede de esgoto planejada;

Sobre a demarcação, a Funai explicou que a transferência da área à União e o uso dos indígenas depende de alguns procedimentos da Terracap.

 

*Com produção de Beatriz Evaristo

Geral Brasília 19/04/2024 - 11:15 Samia Mendes / Patrícia Serrão Gabriel Brum * - Repórter da Rádio Nacional Santuário dos Pajés sexta-feira, 19 Abril, 2024 - 11:15 2:44