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Ministro japonês admite incertezas sobre Jogos Olímpicos: ‘Tudo pode acontecer’
Uma das maiores autoridades políticas do Japão admitiu nesta sexta-feira que há um clima de incerteza no país com relação aos Jogos Olímpicos de Tóquio-2020, adiados em um ano por conta da pandemia do novo coronavírus. Ministro da Reforma Administrativa e pessoa-chave no governo, Taro Kono não excluiu a eventualidade de a Olimpíada ser cancelada, já que Tóquio e outros 10 departamentos japoneses decretaram estado de emergência até 7 de fevereiro para interromper a propagação da covid-19.
“Dada a situação do coronavírus, tudo pode acontecer”, disse Kono em uma entrevista coletiva. “O comitê organizador e o COI (Comitê Olímpico Internacional) devem refletir claramente sobre os planos emergenciais”, afirmou, embora tenha insistido que o governo japonês está se preparando “firmemente” para realizar os Jogos Olímpicos – de 23 de julho a 8 de agosto – e Paraolímpicos – de 24 de agosto a 5 de setembro.
Kono é a primeira autoridade política de alto escalão do país a se distanciar publicamente do primeiro ministro Yoshihide Suga, que reitera que o Japão poderá sediar Jogos “seguros”, conforme planejado.
Apesar da chegada das vacinas ao Japão nos próximos meses, o apoio da população japonesa aos Jogos Olímpicos diminuiu. Uma pesquisa recente mostrou que 80% dos entrevistados acham que a Olimpíada deve ser adiada novamente ou simplesmente cancelada. O primeiro ministro está convencido de que a opinião pública mudará quando o país iniciar o seu programa de vacinação no final de fevereiro.
Nesta sexta-feira, o ministro responsável pelos Jogos, Seiko Hashimoto, anunciou que o Japão decidiu suspender uma isenção que permite que atletas estrangeiros entrem no país para treinar, mesmo em estado de emergência. Os atletas japoneses terão permissão para retornar, mas terão de passar por uma quarentena de 14 dias na volta.
“Queremos que a prioridade seja salvar vidas. Por isso, como medida preventiva para eliminar os riscos, vamos reforçar nossa primeira linha de defesa”, explicou Hashimoto. “Levamos em consideração a situação infecciosa em nosso país e no exterior para reagir adequadamente”, acrescentou.
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