Finanças
Gleisi defende projeto das ‘bets’ e afirma que governo apoia proposta do Senado
Projeto prevê arrecadação de cerca de R$ 18 bilhões nos próximos três anos
A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta quarta-feira que o governo "tem muita simpatia" pelo projeto em discussão no Senado que eleva a tributação sobre bets, fintechs e bancos. A proposta, de autoria do senador Renan Calheiros (MDB-AL) e relatada por Eduardo Braga (MDB-AM), é considerada essencial pelo Planalto para compensar a perda de arrecadação com a ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil mensais.
— Nós temos muita simpatia por esse projeto, achamos que é um bom projeto. Ele repõe, na realidade, o que tinha na nossa MP, vai um pouco além. Se for aprovado ou não no Senado, nós vamos fazer esforço para que seja aprovado na Câmara — afirmou Gleisi, no plenário do Senado, pouco antes da votação do projeto do Imposto de Renda.
A ministra também destacou a importância da proposta de isenção do Imposto de Renda, em votação no Senado. Segundo ela, trata-se de uma das medidas centrais da política econômica do governo Lula.
— Esse projeto é um dos mais importantes da gestão do presidente Lula, que é a isenção de até R$ 5 mil, mas, sobretudo, fazer com que o andar de cima pague tributo. Porque, pela primeira vez, nós vamos colocar tributos para dividendos — ressaltou.
Gleisi disse acreditar que a aprovação do projeto do Imposto de Renda também será unânime no Senado, assim como na Câmara. Para o Planalto, o texto sobre as bets — que prevê aumento de arrecadação de R$ 18 bilhões em três anos — será o próximo teste de força entre governo e Congresso.
O líder da oposição, senador Carlos Portinho (PL-RJ), apresentou um destaque ao texto. No entanto, após negociação com Gleisi e o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, ele foi convencido a incorporar a emenda ao projeto que aumenta a tributação das bets e fintechs.
A Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado aprovou pela manhã o projeto que amplia a faixa de isenção do Imposto de Renda da Pessoa Física para quem ganha até R$ 5 mil mensais. A votação foi simbólica e sem obstrução, em consonância com o acordo costurado entre o governo e o relator, senador Renan Calheiros, que manteve integralmente o texto vindo da Câmara para evitar que a proposta tivesse de retornar àquela Casa. O objetivo é garantir que a nova tabela passe a valer já a partir de 2026.
Na mesma sessão, os senadores aprovaram um pedido de urgência para que a proposta fosse levada diretamente ao plenário, o que deve ocorrer ainda nesta quarta-feira. O projeto é uma das prioridades econômicas do governo Lula e foi tratado como peça central da estratégia do Planalto para cumprir a promessa de campanha de isentar quem recebe até R$ 5 mil. A aprovação na comissão ocorreu em clima de consenso, com parlamentares da base e da oposição reconhecendo o forte apelo popular da pauta.
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