Finanças
Crédito do Trabalhador converte 2,3 milhões de contratos antigos de empréstimo consignado
Segundo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), volume de dinheiro transferido para nova plataforma chega a R$ 37 bilhões
Cerca de 2,3 milhões de contratos antigos de crédito consignado, firmados por profissionais da iniciativa privada, já foram transferidos para a plataforma do Crédito do Trabalhador. A migração representa um volume total de R$ 37 bilhões, conforme dados divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) nesta sexta-feira (31). Segundo a pasta, ainda resta a transferência de aproximadamente 1 milhão de contratos, a maioria deles com valores mais baixos.
Atualmente, os juros médios dessa modalidade são de 3,07% ao mês, com valor médio de empréstimo de R$ 11.400 por beneficiário.
O Crédito do Trabalhador conta hoje com 122 instituições financeiras habilitadas, das quais 79 já realizaram operações de crédito. Ao todo, existem 12,2 milhões de contratos ativos, beneficiando 7,1 milhões de trabalhadores.
“Mais de 50% dos trabalhadores e trabalhadoras que fizeram empréstimos ganham até quatro salários mínimos. Esses trabalhadores e trabalhadoras estão conseguindo sair das mãos do agiota e das mais variadas formas de empréstimos pessoais — como CDC, rotativo do cartão de crédito e cheque especial — que cobram, em média, 11,2% ao mês”, destacou o ministro Luiz Marinho.
Público-alvo
O programa é destinado a trabalhadores celetistas, domésticos, rurais, empregados de MEIs e diretores não empregados com direito ao FGTS, permitindo que obtenham crédito junto às instituições financeiras habilitadas.
O Brasil possui atualmente mais de 47 milhões de trabalhadores assalariados com carteira assinada. A expectativa do governo é que, em quatro anos, 25 milhões de pessoas sejam incluídas no consignado privado.
Ampliação
No momento, a migração de contratos para o Crédito do Trabalhador é realizada pelos canais oficiais dos bancos. A partir de 1º de dezembro, essa opção estará disponível também na Carteira de Trabalho Digital.
O governo também pretende implantar o sistema de garantias, uma medida que visa a redução das taxas de juros. Nesse sistema, o trabalhador poderá oferecer até 10% do saldo do FGTS, 40% da multa rescisória paga pelo empregador em caso de demissão, ou até 35% das verbas rescisórias como garantia do pagamento do empréstimo.
"Em caso de demissão, esses valores serão automaticamente utilizados para quitar o empréstimo", explicou o MTE.
Entre os bancos com maior volume de empréstimos estão:
Itaú – R$ 16,7 bilhões
Banco do Brasil – R$ 12,2 bilhões
Santander – R$ 11,6 bilhões
Caixa Econômica Federal – R$ 7,9 bilhões
Os estados com maior volume de operações são:
São Paulo – R$ 29,4 bilhões
Rio de Janeiro – R$ 7,2 bilhões
Minas Gerais – R$ 6,4 bilhões
Rio Grande do Sul – R$ 5,2 bilhões
Paraná – R$ 4,9 bilhões
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