Finanças

Alckmin reforça que não há 'temas proibidos' em conversa de Lula e Trump e vê 'avenida' para negociações

Expectativa é de que encontro seja neste domingo, na Malásia

Agência O Globo - 25/10/2025
Alckmin reforça que não há 'temas proibidos' em conversa de Lula e Trump e vê 'avenida' para negociações
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O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, , disse neste sábado que não existem “temas proibidos” na conversa entre o presidente Luiz Inácio da Silva e , prevista para domingo na Malásia. A reunião bilateral se dá num contexto regional acirrado. Além da questão tarifária, os Estados Unidos intensificaram o processo de intervenção na América do Sul, sobretudo na Venezuela, com o bombardeio de embarcações.

Tarifaço, guerras e América do Sul:

— A expectativa é positiva. Encontro de dois líderes que irão defender os seus países e trabalhar para fortalecer a relação Brasil-Estados Unidos. Acho que tem uma avenida pela frente. O presidente Lula falou que não há tema proibido — afirmou Alckmin durante coletiva de imprensa em São Paulo, onde está para o ato de 50 anos da morte do jornalista Vladimir Herzog, torturado pela ditadura militar.

Segundo o vice, que está como presidente em exercício por causa da viagem de Lula à Ásia, há outras pautas além das tarifas.

— Tem outros temas como data center. Já foi feita a medida provisória. Isso é um estímulo forte para atrair data center. Tem estado americano que proibiu data center, porque não tem energia. O Brasil tem energia abundante e renovável. Tem terras raras. Tem uma pauta extensa de possibilidades de parceria, de 'ganha-ganha' — elencou Alckmin, que destacou ainda os “201 anos de parceria” entre Brasil e Estados Unidos.

O esperado encontro de Lula e Trump será à margem da 47ª reunião de cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), da qual os dois são convidados.

— Espero que role (a reunião). Vim com a disposição de que a gente possa encontrar uma solução. Tudo depende da conversa. Trabalho com o otimismo de que a gente possa encontrar — disse Lula, já na Malásia. — Não tem exigência dele e não tem exigência minha ainda. Vamos colocar na mesa os problemas e tentar encontrar uma solução. Pode ficar certo de que vai ter uma solução.