O Consórcio Infraestrutura PR, formado pela EPR Participações S.A. e pelo Perfin Voyager Fundo de Investimento em Participações e Infraestrutura, foi o vencedor do leilão para administrar o quarto bloco de Rodovias Integradas do , que abrange 627 km de estradas federais e estaduais ligando Guaíra a Cornélio Procópio e Maringá a Diamante do Norte. A concessão dura 30 anos.

Banco Central:

Motta:

O leilão foi realizado nesta quinta-feira pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em parceria com o Ministério dos Transportes, na Bolsa de Valores (B3), em . O critério para determinar o vencedor foi o maior desconto oferecido sobre a tarifa básica de pedágio, que teve preço máximo fixado em R$ 0,16788 por km.

Na primeira rodada do certame, a Reune Rodovias Holding I S.A apresentou a maior oferta, com desconto de 21,20%, seguida pelo Consórcio Infraestrutura PR, com 18,52%. A Motiva ofereceu 9,14%, e a Mota-Engil apresentou 6,3%.

Gás do Povo:

Como a diferença entre as duas primeiras propostas foi pequena, Reune e o Consórcio Infraestrutura PR disputaram um novo round. Nesta segunda rodada, o Consórcio Infraestrutura PR venceu, oferecendo 21,30% de desconto, contra 21,20% da Reune.

Já que o desconto superou 18%, o vencedor terá que realizar um aporte adicional de recursos de R$ 108.550.092,36.

O Lote 4 prevê investimentos de cerca de R$ 10,8 bilhões em obras e contempla mais de 231 km de duplicações, 87,11 km de faixas adicionais, 39,49 km de contornos, 4 correções de traçado, além da implantação de 74 passarelas, 174 pontos de ônibus, 8 passagens de fauna, 18 barreiras acústicas e 28 caixas para contenção de produtos perigosos. Outras melhorias de segurança e infraestrutura também serão realizadas ao longo do trecho.

O leilão do quinto bloco de rodovias do Paraná será na próxima semana. Os trechos ligam Guaíra e Maringá a Cascavel e preveem R$ 6,7 bilhões em obras. O último certame conclui o pacote de seis blocos de rodovias, fruto de uma parceria entre a União e o Estado do Paraná.

Aline Klein, especialista em infraestrutura e concessões públicas e sócia do escritório Vernalha Pereira, diz que o desconto vencedor (de 21,30%), embora esteja entre os maiores descontos em certames recentes, encontra-se dentro da média das disputas por rodovias paranaenses.

— Os descontos mais expressivos foram dados pelos grupos que já detêm concessões no estado, o que pode indicar que uma sinergia entre as concessões tenha sido considerada — diz a especialista, acrescentando que o volume de investimentos previstos é um atrativo importante do projeto. — A concorrência elevada também é fruto da consolidação da nova etapa de contratos de concessões federais, com uma distribuição de riscos mais detalhada e equânime entre as partes.