Após um 2025 conturbado e com déficit acumulado de R$ 180 milhões até setembro, conforme balancete divulgado nesta sexta-feira, o Corinthians projeta fechar 2026 no azul, com superávit de R$ 12 milhões e Ebitda de R$ 320 milhões.

Segundo previsão orçamentária ainda não votada no Conselho, à qual o Estadão teve acesso, o clube traça uma estratégia baseada no corte de gastos. A informação foi divulgada inicialmente pelo GE.

No departamento de futebol, apenas nas despesas com pessoal — incluindo jogadores —, o objetivo é reduzir os custos de R$ 435 milhões para R$ 354 milhões, uma queda de R$ 81 milhões. A projeção abrange a folha atual (direitos de imagem, encargos e benefícios), seguindo a diretriz de redução de gastos. Considerando outros custos, como serviços e jogos, o corte total no futebol pode chegar a R$ 90 milhões.

Para a folha de pagamento geral, incluindo outros setores do clube, a redução prevista mantém a mesma proporção: de R$ 505 milhões para R$ 410 milhões. Em busca de soluções para enxugar custos, o presidente Osmar Stábile chegou a cogitar o fim de modalidades como o futsal, mas recuou após repercussão negativa.

Para colaborar com o ajuste financeiro, foi estabelecida uma meta de R$ 151 milhões em vendas de jogadores. A previsão também considera os direitos de TV, estimados em R$ 335 milhões, embora não detalhe metas esportivas que influenciem esse valor.

Em patrocínios, a expectativa é arrecadar R$ 255 milhões, um aumento de 47% em relação a 2025. Sem contar a venda de jogadores, o clube projeta fechar 2026 com receita de R$ 806 milhões, 13% acima dos R$ 711 milhões da atual temporada.

O balancete financeiro de setembro revelou um déficit acumulado de R$ 180 milhões até o mês. A dívida bruta total do clube chega a R$ 2,715 bilhões.