Em meio a um período conturbado nos bastidores, o CSA vive uma nova fase de transição política e administrativa. O vice-presidente executivo Robson Rodas, ligado à gestão da ex-presidente Míriam Monte, formalizou sua renúncia em reunião realizada com o Conselho Deliberativo, nesta semana. O movimento é visto como um passo importante para facilitar o processo de reorganização interna do clube.

Enquanto os ânimos se realinham nos gabinetes, o Conselho Deliberativo intensifica vistorias no CT Gustavo Paiva. As atenções se voltam à preservação do patrimônio, à manutenção dos gramados e à retomada de obras estruturais — entre elas, a construção de um hotel para as concentrações da equipe.

Em entrevista ao ge, o ex-presidente-executivo e ex-diretor de futebol Raimundo Tavares comentou a atual situação do Azulão e não poupou críticas à atuação dos conselheiros. “O culpado de tudo é o Conselho. Atrapalha e se mete onde não lhe cabe”, disparou.

Tavares também saiu em defesa da ex-presidente Míriam Monte, mas opinou que ela deveria ter renunciado formalmente. “A Míriam não deveria ser afastada, pegou o clube quando ninguém aceitou. Prestava conta e fazia a renúncia. Prestação de contas tem que ser feita ao Conselho Fiscal que, depois, encaminhará ao Conselho Deliberativo. Não vejo os conselhos dos outros clubes com essa execração e exposição”, afirmou.

Sem calendário no futebol profissional em 2025, o CSA mantém suas atividades voltadas às categorias de base, que seguem sendo o pilar esportivo do clube durante a reestruturação. A diretoria aposta na base como alternativa para o futuro, enquanto tenta equilibrar os desafios administrativos com a continuidade dos projetos esportivos.