Os investimentos dos clubes da Arábia Saudita em estrelas do futebol mundial têm mudado os paradigmas da liga local. Mas há quem esteja saindo no prejuízo: a seleção de futebol do país. Neste domingo, em meio à data Fifa, o técnico da Arábia Saudita, Roberto Mancini, alfinetou o excesso de espaço para estrangeiros no futebol do país.

— Os jogadores da Arábia Saudita precisar ser jogadores importantes em seus clubes. Eu tenho 20 jogadores no banco nas partidas locais — criticou o treinador italiano, ex-comandante da Azzurra.

A declaração vem depois de um resultado ruim na estreia dos sauditas na terceira fase das Eliminatórias Asiáticas para a Copa do Mundo de 2026. A equipe de Mancini empatou com a modesta Indonésia (1 a 1) na estreia. Na terça-feira, às 9h, a equipe visita a China.

Dos 31 convocados por Mancini, 30 atuam na liga saudita. A exceção é o lateral Saud Abdulhamid, que é atleta da Roma. Principal jogador da equipe, o meia Salem Al-Dawsari, de 33 anos, atua no Al-Hilal, ao lado de atletas como Koulibaly, Marcos Leonardo, Mitrovic, Ruben Neves, Milinkovic-Savic, Malcom e Neymar. O limite de estrangeiros na liga saudita é de dez atletas por clube.