Esportes
Com festa e salsa, Mijaín López lidera festa da delegação cubana no retorno à ilha após Paris-2024
País conquistou nove medalhas, sendo duas de ouro; ônibus com atletas percorreu as ruas da ilha
Milhares de cubanos receberam os medalhistas da ilha nos Jogos de Paris 2024. Em especial, o pentacampeão olímpico de luta greco-romana Mijaín López. A chegada dos atletas ocorreu na noite desta segunda e contou com um show de salsa no famoso Malecón, em Havana.
O ônibus dos atletas percorreu as ruas da cidade até Piragua, uma praça aberta na orla do Malecón, onde já eram aguardados pelo público. Ao chegar, López subiu ao palco com seus dois filhos e demais integrantes da delegação esportiva para cumprimentar os presentes.
- Estamos felizes por chegar aqui, felizes pela recepção. Tem sido algo incrível desde que saímos do avião - disse a lenda da luta greco-romana.
Três horas e meia antes, os atletas haviam sido recebidos no aeroporto pelo presidente Miguel Díaz-Canel. O líder cubano chegou de mãos dadas com Leonor Núñez, mãe de Mijaín, que correu para abraçá-lo.
“A delegação aos Jogos Olímpicos Paris-2024 já está em Cuba”, afirmou a presidência cubana na sua conta no X.
Mijaín se consolidou em Paris como o primeiro atleta a conquistar cinco ouros olímpicos consecutivos numa mesma prova individual. Ele liderou a delegação no retorno à ilha ao lado do boxeador Erlislandy Álvarez, campeão dos 63,5 kg em Paris.
A televisão estatal cubana transmitia há vários dias uma mensagem na qual López, batizado pelos cubanos como o “Gigante da Ferradura”, convidava seus compatriotas de Paris para se juntarem à festa no Malecón.
- Estamos aqui celebrando o triunfo dos medalhistas olímpicos - disse Brayan Álvarez, diretor da "Orquestra Adalberto Álvarez e filho", no início do concerto.
As pessoas saíram para festejar os campeões em algumas zonas da capital. Em outras, houve pouca adesão. Isso porque o transporte público costuma ser esporádico à noite devido à falta de gasolina e porque metade dos ônibus estão avariados, segundo informaram as autoridades.
Em meio a uma crise económica marcada por inflação disparada, apagões e escassez de alimentos e medicamentos, Cuba foi representada em Paris por uma delegação de 61 atletas em 16 modalidades. A ilha não atingiu o objetivo de ficar entre os 20 primeiros. Conquistou nove medalhas, sendo duas de ouro, uma de prata e seis de bronze. Foi o número mais baixo alcançado desde Munique-72.
O país terminou em 32º no quadro de medalhas dos Jogos, sua pior colocação desde Roma-1960. Contudo, na América Latina, Cuba só foi superada pelo Brasil, que ficou em 20º.
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