Esportes
Nome falso, baixa patente, fúria no pódio: histórias de atletas que perderam medalhas olímpicas
Ao longo da história olímpica, 159 medalhas já foram retiradas
Nas Olimpíadas, o momento de subir ao pódio e receber uma medalha é o auge da carreira de qualquer atleta. No entanto, para alguns, esse momento de glória foi seguido por uma amarga decepção. Ao longo da história olímpica, 159 medalhas já foram retiradas, com a maioria dos casos envolvendo doping. Nem sempre foi assim. Nas Olimpíadas de Verão, apenas dez medalhas foram retiradas por outros motivos.
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A mais recente dessas desclassificações envolve o mundo da ginástica, com a retirada da medalha de bronze da atleta amaericana Jordan Chiles, conquistada em nos Jogos de Paris 2024. Mas há outras histórias curiosas e controversas que marcaram os Jogos.
Nome falso
Jack Egan, um boxeador nas Olimpíadas de Verão de 1904, é um exemplo marcante. Egan conquistou duas medalhas: uma prata na categoria leve e um bronze na categoria meio-médio.
No entanto, seu nome verdadeiro era Frank Joseph Floyd, e ele competiu usando um nome falso, o que era uma violação das regras da AAU (Amateur Athletic Union).
Em novembro de 1905, a AAU desqualificou Egan de todas as competições e o forçou a devolver suas medalhas olímpicas, encerrando sua carreira esportiva em desonra.
Amadorismo
Jim Thorpe, considerado um dos maiores atletas de todos os tempos, foi destituído de suas medalhas de ouro no pentatlo e no decatlo nos Jogos Olímpicos de 1912. O Comitê Olímpico Internacional (COI) descobriu que Thorpe havia recebido dinheiro para jogar beisebol antes dos Jogos, violando as regras de amadorismo da época.
Em 1913, ele foi desqualificado, mas em 1982, 29 anos após sua morte, o COI reconheceu que a desqualificação foi imprópria e devolveu suas medalhas, apresentando réplicas a seus filhos.
Marika Kilius e Hans-Jürgen Bäumler, uma dupla alemã de patinação artística, foram destituídos de sua medalha de prata nos Jogos de 1964 devido a violações das regras de amadorismo, semelhantes às de Jim Thorpe. Eles assinaram contratos profissionais antes dos Jogos, mas, em 1987, o COI reconsiderou o caso e reintegrou a dupla.
Baixa patente
Nos Jogos de 1948, a equipe sueca de adestramento conquistou o ouro, mas foi posteriormente desqualificada em 1949. O motivo? Gehnäll Persson, um dos membros da equipe, havia sido promovido a tenente pouco antes da competição, mas essa promoção foi temporária e revertida após os Jogos.
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Na época, as regras permitiam apenas a participação de oficiais e “cavalheiros cavalheiros”, e a promoção relâmpago de Persson foi vista como uma violação. O caso gerou uma revisão das regras da Federação Equestre Internacional (FEI).
Fúria no pódio
A ira no pódio também resultou em desqualificações. Ibragim Samadov, da Equipe Unificada de 1992, perdeu sua medalha de bronze após jogar a medalha no chão e sair furioso durante a cerimônia de premiação.
Situação semelhante ocorreu com Ara Abrahamian, da Suécia, em 2008. Insatisfeito com a arbitragem, ele também atirou sua medalha de bronze no chão e abandonou o pódio. Em ambos casos, os atletas foram desqualificados por comportamento antidesportivo.
Escondeu jogo
O boxeador sueco Ingemar Johansson foi desclassificado da luta pela medalha de ouro nos Jogos de 1952 por "falhar em mostrar luta". Johansson admitiu que estava segurando seus golpes nos dois primeiros rounds para cansar seu oponente, estratégia que não agradou os juízes. Como resultado, ele perdeu a medalha de prata que teria ganhado, mas, em 1982, ele foi finalmente presenteado com sua medalha, 30 anos depois.
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