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Arthur Elias não garante Marta na final: 'devemos parar de reclamar e falar do passado', diz técnico da seleção brasileira

Treinador afirmou que a atleta fará parte de 'estratégia de mobilização' e que as derrotas para os Estados Unidos, nas finais olímpicas de 2004 e 2008, não impacta a decisão

Agência O Globo - EXTRA 09/08/2024
Arthur Elias não garante Marta na final: 'devemos parar de reclamar e falar do passado', diz técnico da seleção brasileira
Arthur Elias - Foto: Thais Magalhães/CBF

O técnico da seleção brasileira feminina de futebol não garantiu Marta na final contra os Estados Unidos, em Paris-2024. Segundo Arthur Elias, que há menos de um ano à frente da equipe colocou o elenco em uma final olímpica após 16 anos, a atleta fará parte de uma estratégia de mobilização. Em coletiva nos Jogos Olímpicos de Paris, na manhã desta sexta-feira, ele afirmou que o elenco está mais unido e que a equipe vai jogar com comprometimento, engajamento e uma alta motivação.

O treinador não afirmou a participação da camisa 10, mas também não descartou. Para o técnico, a recuperação é fundamental em partidas com pouco tempo de intervalo de uma para a outra.

— Todas as decisões serão tomadas diariamente. Levamos em consideração a recuperação de cada jogadora. É excelente contar com a Marta para esta final, dada a sua experiência e a qualidade do futebol. Ela vai jogar, claro, mas fará parte da estratégia de mobilização — explica Arthur Elias.

Questionado sobre o histórico de derrotas contra os Estados Unidos, que venceu duas finais olimpíadas contra o Brasil, em 2004 e 2008, ele diz que o que aconteceu no passado fica lá.

— Vejo o futebol feminino brasileiro como um futebol com grandes jogadoras, capazes de chegar à final e vencer. Sempre acreditei nisso — diz o técnico.

O fato da jogadora Marta, aos 38 anos, ser a única atleta que estava nas duas derrotas para os Estados Unidos também não é um problema para ele.

— A Marta jogou, mas ela ainda é uma grande jogadora, está bem, está em forma, está jogando maravilhosamente bem. Essa memória (dos dois ouros perdidos) não é a nossa memória.

Arthur Elias lembra ainda que, além da camisa 10, a seleção tem um elenco com boas profissionais e uma nova história.

— O futebol merece grandes jogos e devemos parar de reclamar e falar do passado. Temos novos ingredientes, coisas novas para falar, em vez de pensar no passado. Não estou nem um pouco preocupado com o que aconteceu no passado. Sinto que estamos perto de realizar o nosso sonho e que as nossas jogadoras darão o seu melhor amanhã — conclui Arthur Elias.