Esportes
Brasil luta com suas armas, mas não resiste aos Estados Unidos no basquete: 122 a 87
No terceiro encontro olímpico entre a seleção e o Dream Team, americanos levam a melhor novamente
O clima era de jogo de peso. A Arena Bercy, que na última semana viveu as emoções da ginástica artística, viu a movimentação crescer muito após mais um confronto entre brasileiros e americanos. Mas se Rebeca Andrade conseguiu bater Simone Biles no solo, a seleção brasileira de basquete enfrentaria pelo menos cinco "Simones" contra os atuais donos da medalha de ouro e da hegemonia olímpica. LeBron James, Stephen Curry e companhia levaram a melhor, num 122 a 87 que mostrou a profundidade do elenco e a versatilidade dos americanos.
Anthony Edwards foi o cestinha da partida, com 17 pontos, seguido pelos 14 de Embiid e 12 de LeBron James (que ainda deu 9 assistências). Do lado brasileiro, Bruno Caboclo voltou a brilhar pelo Brasil, com 30 pontos. Huertas fez 9 (com 5 assistências) e Yago ficou com 8.
Foi o terceiro encontro olímpico entre Brasil e Estados Unidos na era Dream Team, que começou em 1992, quando os americanos foram autorizados a enviar atletas da NBA aos Jogos. O primeiro foi justamente em Barcelona-1992 e o segundo, em Atlanta-1996. O Brasil encerra sua participação nos Jogos nestas quartas de final, depois de um honroso caminho que passou pela vitória num Pré-Olímpico difícil, decidido contra a Letônia, pouco antes da Olimpíada.
Antes da partida, o técnico Aleksandar Petrovic havia explicado que a intenção era não tentar arremessos a esmo visando à proteção defensiva brasileira na transição. Mas a seleção tentou surpreender os americanos logo de cara com uma marcação forte no perímetro e um run and gun assim que recuperava a bola. Até abriu o placar, mas logo viu a seleção americana equilibrar o jogo fisicamente e no aproveitamento.
Como já vinha acontecendo ao longo de todas as vezes que entrava em quadra, o pivô Joel Embiid foi muito vaiado pela torcida francesa que estava nas arquibancadas, mesmo que a maioria estivesse a favor da seleção americana. Mas o camaronês com cidadanias americana e francesa e que optou por jogar pelos Estados Unidos foi um dos jogadores mais importantes dos americanos no primeiro quarto, com 8 pontos, 6 em bolas de três.
O Brasil chegou a manter a distância e fechar o primeiro quarto perdendo por 12 pontos (33 a 21). Huertas mostrou muito agressividade para acelerar os ataques da seleção. Caboclo, com 7 pontos no período, mostrou arsenal para ganhar disputas físicas e até acertar do perímetro.
O fim do segundo quarto, porém, tornou a missão que já era difícil praticamente impossível para os brasileiros. As equipes rodaram o banco, e por mais que o Brasil produzisse boas jogadas com Georginho, Yago e Lucas Dias, as opções americanas, inevitavelmente, desequilibravam a partida. Anthony Edwards, Derrick White e Bam Adebayo seguraram o jogo para Curry e LeBron voltarem bem no fim e abrirem uma larga margem: a parcial terminou 30 a 15, e o primeiro tempo, 63 a 36.
O terceiro quarto mostrou a capacidade brasileira de incomodar o Dream Team. Em grande parcial de Georginho e Caboclo, o Brasil aproveitou a falta de concentração americana e aproveitou os erros e turnovers para emendar posses pontuadas. Em uma disputa por um rebote, LeBron James chegou a sofrer uma cotovelada não intencional de Georginho e acabou não retornando para a partida, sem grandes preocupações. Foi ovacionado pelo ginásio. Enquanto isso, o Brasil vencia a parcial: 35 a 31.
No último quarto, os americanos administraram a vitória. Kevin Durant foi o grande ao lado da segunda unidades. Buscando sua quarta medalha olímpica, KD ultrapassou os 488 pontos de Lisa Leslie e se tornou o maior pontuador da história olímpica americana. Também houve tempo para o adeus a outra lenda: Marcelinho Huertas, que se despediu da seleção brasileira.
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